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Homem que matou a esposa após mordida durante sexo é condenado por feminicídio; relembre o caso

Marcos Vinicius Paulino esperou Tatiéle Gonçalves dormir para atacá-la; ele pegou 20 anos de prisão

Homem disse que ela o mordeu durante o sexo e ele não gostou
Tatiéle de Cássia dos Reis Gonçalves, de 37 anos, foi morta pelo marido, Marcos Vinicius Paulino, de 27; ele foi condenado pelo feminicídio (Reprodução/Redes sociais)

Marcos Vinícius Paulino, de 27 anos, acusado de matar a dona de casa Tatiéle de Cássia dos Reis Gonçalves, de 37, em Caconde, no interior de São Paulo, foi condenado pelo feminicídio. O homem, que alegou que cometeu o crime depois que a esposa o mordeu durante uma relação sexual, foi sentenciado a 20 anos de prisão em regime fechado. A defesa dele disse que vai recorrer.

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O crime ocorreu no dia 14 de abril deste ano. De acordo com a investigação policial, Paulino contou que manteve relações sexuais com a mulher, quando ela teria mordido um dedo da sua mão esquerda. Ele não gostou e eles encerraram o ato. Depois disso, a vítima se trocou e foi dormir.

O marido esperou e, quando ela pegou no sono, pegou uma faca na cozinha e a atacou com facadas no pescoço e tórax, totalizando 59 lesões. Depois disso, ele deixou a casa em que moravam e se escondeu na zona rural de Caconde. Porém, na manhã seguinte, foi até uma base da Polícia Militar e confessou o crime.

Os agentes seguiram até o imóvel, onde já encontraram Tatiéle sem vida. Em depoimento, já na delegacia, Paulino disse que o casal não chegou a brigar após a mordida, mas ainda assim ele decidiu cometer o feminicídio. Testemunhas foram ouvidas e disseram que nunca notaram nenhum problema conjugal entre eles.

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Julgamento

Paulino foi preso e indiciado. Depois, foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e enfrentou um júri popular na quarta-feira (30). Ele foi considerado culpado por feminicídio triplamente qualificado por motivo fútil, mediante meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, com o atenuante de ser réu primário.

Conforme o site G1, durante o julgamento, o advogado Allison Santos destacou que Paulino tomava medicamentos psiquiátricos e fez uso de cocaína no dia do crime. Assim, ele agiu sob forte emoção, pois era abusado pela vítima.

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O defensor tentou qualificar o caso como homicídio privilegiado, que tem uma pena mais branda, por ele ser réu confesso, ter colaborado com a investigação e saber da gravidade dos atos. Porém, essa tese não foi aceita pelos jurados que o condenaram pelo feminicídio.

Ao fim do júri, Santos disse que vai recorrer da sentença. Enquanto isso, o condenado segue preso, à disposição da Justiça.

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