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“Ameaças eram recíprocas”, diz polícia sobre irmãos que brigavam por herança; empresário e advogada morreram

Investigação apura se Rogério Salomão e Lilian Cláudia Jorge foram vítimas de uma emboscada

Polícia diz que irmãos brigavam por herança
Empresário Rogério Salomão, de 57 anos, e a advogada dele, Lilian Cláudia Jorge, de 50, foram mortos a tiros em Jordanópolis (SP); irmão do homem é o principal suspeito (Reprodução/Arquivo pessoal)

A Polícia Civil segue à procura do empresário Carlos Salomão, suspeito de matar o irmão, o também empresário Rogério Salomão, de 57 anos, e a advogada dele, Lilian Cláudia Jorge, de 50, em Jardinópolis, no interior de São Paulo. A corporação apura se as vítimas foram atraídas para uma emboscada no galpão de um supermercado desativado da família. Os irmãos brigavam pela divisão da herança e trocavam ameaças.

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“A gente viu que, depois da morte do pai, acirrou-se uma disputa por sucessão hereditária, disputa de bens. As ameaças eram recíprocas entre os irmãos. Se essa circunstância [premeditação] se confirmar, a gente pode pensar em uma terceira qualificadora, que seria uma emboscada, com o artifício de atrair alguém para determinado local e ali fazer a prática de um crime”, afirmou o delegado Sebastião Vicente Picinato, responsável pelas investigações, ao G1.

Os homicídios foram cometidos na manhã de quarta-feira (30). Segundo a polícia, Carlos foi até um galpão que fica na Vila Rei para se encontrar com Rogério e a advogada. Eles tratavam da venda do imóvel e, durante uma discussão, houve um tiroteio.

Rogério e Lilian foram baleados e chegaram a ser levados para um hospital em Jardinópolis, mas não resistiram aos ferimentos. Já Carlos fugiu.

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Outro irmão da dupla, identificado como Diego Salomão, se envolveu em um acidente de trânsito pouco depois dos assassinatos e foi detido. O homem foi levado para a delegacia, onde prestou depoimento e foi liberado. A polícia destacou que ele negou que tenha qualquer envolvimento nas mortes.

“Ele [Diego] fala que viu o Carlos saindo [do galpão], trazendo em sua mão um objeto, que, inicialmente, ele havia me dito que seria uma arma de fogo, mas ele não pôde precisar, com certeza”, contou o delegado.

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A polícia pediu à Justiça a prisão temporária de Carlos, que ainda não foi localizado. A defesa do empresário não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

Como foram encontradas 14 cápsulas de deflagradas no local do crime, o delegado disse que há a suspeita de que outras pessoas participaram dos assassinatos de Rogério e Lilian. Os agentes buscam imagens de câmeras de segurança que possam ajudar nas investigações.

“Nós queremos saber quantas pessoas entraram no galpão, se era somente o Carlos ou se tinha mais alguém. Por qual o motivo que o Diego se encontrou com com o Carlos anteriormente? De fato, foram tratar de um assunto relacionado à venda de um imóvel? São perguntas importantes que merecem respostas satisfatórias”, completou o delegado.

Suspeito fugiu e é procurado
Empresário Carlos Salomão (à esquerda) é o principal suspeito pela morte do irmão, Rogério e da advogada dele, em Jardinópolis, no interior de SP (Reprodução/Arquivo pessoal)

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