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Escolas particulares defendem regras mais rígidas para o uso de celulares no ambiente escolar

Independente da aprovação das diretrizes no Congresso, a maioria das escolas particulares já pretendem enrijecer as regras sobre o uso de celulares.

Escola de São Paulo (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Um levantamento realizado entre escolas particulares do Brasil apontou que ao menos 70% dos colégios particulares pretendem enrijecer as regras sobre o uso de aparelhos celulares na escola. De acordo com os dados apresentados pelo G1 com base em pesquisa realizada pela empresa Meire Fernandes, a decisão das instituições de ensino independe da existência de uma legislação específica sobre o tema.

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Leia também: Projeto que proíbe celulares nas escolas é aprovado pela Comissão da Câmara

Para as escolas o uso indevido dos celulares gera problemas de falta de atenção nas aulas (66%), reclamação de professores (61%) e falta de interação “olho no olho” entre os estudantes durante os momentos de lazer no ambiente escolar (49%). Além disso, as escolas também relataram um aumento significativo nos problemas de saúde mental (84%) e nas práticas de cyberbullying (66%).

Desta forma, mesmo sem uma legislação específica sobre o tema, 16% das instituições de ensino particulares que participaram do estudo revelaram ter regras próprias que proíbem totalmente o uso de celulares em ambiente escolar. Apenas 6% afirmaram permitir o uso irrestrito dos aparelhos.

No entanto, a maior parte das escolas (78%) já opta por impor restrições ao uso dos celulares, seja considerando a faixa etária dos estudantes ou impondo momentos de uso liberado da tecnologia.

Restrição total

De acordo com o levantamento, apesar de já possuírem regras sobre o uso de aparelhos celulares na escola, boa parte das instituições de ensino afirmaram que os alunos não cumprem as regras impostas para o uso dos aparelhos.

Para conscientizar os estudantes, 53% das escolas acreditam que seja necessário investir em programas de prevenção e conscientização sobre o uso excessivo de celulares e redes sociais, sendo que apenas 23% acreditam que a restrição total é a melhor saída para o problema.

Recentemente, o projeto que proíbe o uso de celulares nas escolas foi aprovado de forma simbólica pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. O texto ainda precisará ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa antes de seguir para votação no plenário.

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