Nos últimos meses, a Defesa Civil de São Paulo registrou um aumento expressivo nos chamados referentes a quedas e riscos de árvores. De acordo com dados fornecidos pela prefeitura, entre 1º de janeiro e 23 de outubro, cerca de dois terços dos chamados feitos pelo portal 156 – plataforma de atendimento ao cidadão – estiveram relacionados a ocorrências envolvendo árvores, totalizando mais de 14.700 dos quase 22.000 registros. Conforme noticiado pelo Metrópoles, esses números evidenciam o impacto das condições climáticas e estruturais da cidade na segurança pública.
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Alta demanda por serviços após tempestades
Em um contexto de fortes chuvas e ventos que atingiram a cidade, como o ocorrido em 11 de outubro, o número de chamados relacionados a árvores disparou. O temporal não só derrubou árvores, mas também deixou diversos bairros sem energia por até uma semana. Nessa ocasião, houve 307 chamados ao 156 nas primeiras horas após o início do evento climático. No dia seguinte, a demanda continuou elevada, com mais de mil pedidos de socorro entre sábado e domingo.
Esse tipo de cenário tem se repetido, e, segundo dados de reportagens anteriores, a cidade acumula 14,6 mil pedidos pendentes para podas ou remoções de árvores, muitos ainda sem previsão de atendimento. O número elevado de chamados representa não só um desafio para a Defesa Civil, mas também uma preocupação crescente para os moradores, que enfrentam os riscos associados a árvores em más condições.
Falta de resposta adequada
Para muitos cidadãos, a preocupação vai além dos efeitos de uma única tempestade. No primeiro semestre, a prefeitura havia informado que milhares de pedidos de poda permanecem sem resposta, o que agrava o problema e pode resultar em novos incidentes. Em muitos casos, moradores relatam dificuldade em obter o atendimento necessário, e o próprio sistema de emergência se vê sobrecarregado, especialmente em dias de chuvas intensas.
No dia 16 de outubro, uma estimativa do Ministério de Minas e Energia revelou que aproximadamente dois milhões de imóveis ficaram sem energia elétrica em São Paulo e outras regiões, devido à queda de fios de alta e média tensão provocada pelo mau tempo e pela queda de árvores. Esses números demonstram a escala do problema, que exige respostas efetivas tanto das esferas municipal quanto estadual.