A nomenclatura dos vírus e doenças infecciosas conta com diversas implicações significativas. A escolha de um nome pode influenciar a percepção pública, gerar estigmas sociais e até mesmo afetar a resposta das autoridades de saúde.
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Um exemplo recente é a Mpox, anteriormente conhecida como Monkeypox ou varíola dos macacos, que gerou discursos racistas, ameaçando a vida dos animais. Em resposta, a OMS recomendou em novembro de 2022 a alteração do nome para evitar associações negativas.
Tradicionalmente, os nomes de vírus e doenças frequentemente se referiam ao local de origem ou aos sintomas. A OMS enfatiza que futuros nomes devem ser “cientificamente sólidos e socialmente aceitáveis”, evitando associações com lugares ou grupos específicos para prevenir estigmatizações.
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Confira a origem dos nomes dos vírus e das doenças, segundo o Instituto Butantan:
- Influenza: Deriva do italiano “influência”, associado à crença de que a doença era causada por influências celestiais. A palavra foi usada pela primeira vez em um contexto médico no século XIV.
- Chikungunya: Vem da língua Makonde e significa “aqueles que se contorcem”, referindo-se à dor intensa nas articulações causada pela infecção.
- Dengue: Pode ter origem no espanhol “delicado”, descrevendo o estado dos doentes, ou do quimbundo “ndenge”, que significa “recém-nascido”.
- Zika: Nomeado pela floresta onde foi identificado, o vírus é transmitido pelo Aedes aegypti e está associado à microcefalia em fetos.
- Febre amarela: Recebeu esse nome devido à icterícia que causa, resultando em uma coloração amarelada da pele e mucosas.
- Coronavírus: O nome deriva do latim “corona”, que significa coroa, devido à sua aparência sob microscópio. A doença Covid-19 é uma combinação de “Doença do Coronavírus” e o ano em que foi descoberto (2019).
As nomenclaturas refletem tanto a história quanto às características dos vírus, destacando a importância de uma definição cuidadosa e consciente. Para saber mais detalhes, acesse este link!