Dois torcedores envolvidos no caso da cabeça de porco lançada no gramado da Neo Química Arena durante o clássico entre Corinthians e Palmeiras, na última segunda feira (4), foram identificados e detidos ainda no local. Conforme reportagem publicada pelo UOL, a Polícia Militar de São Paulo também investiga a participação de um terceiro torcedor, identificado como Rafael Modilhane “Cicatriz”, que publicou um vídeo comprando a peça suína arremessada durante a partida.
ANÚNCIO
Leia também: Cabeça de porco jogada no campo durante Corinthians x Palmeiras foi comprada no Mercadão de SP
O caso em questão foi registrado durante o derby pauulista realizado no dia 4 de novembro, como parte da rodada do Campeonato Brasileiro. O mando de campo era do time alvinegro, que recebeu o rival na Neo Química Arena. Por volta dos 28 minutos de jogo uma cabeça de porco foi arremessada no gramado, fazendo com que a partida fosse brevemente interrompida para a remoção.
Dois torcedores, identificados como responsáveis por lançar a peça, foram detidos pela Polícia Militar ainda na arena e conduzidos ao Jecrim (Juizado Especial Criminal) do estádio. No local, os dois foram denunciados pela prática de tumulto.
O que pode acontecer com os torcedores envolvidos?
A ação realizada pelos torcedores pode configurar crime conforme o artigo 201 da Nova Lei Geral do Esporte: “promover tumulto, praticar ou incitar a violência ou invadir local restrito aos competidores”. No momento em que foram detidos, os supostos autores se recusaram a pagar o valor de R$4 mil (cada) em transação penal de comum acordo entre os autores do delito e o Ministério Público, levando assim a instauração de um inquérito sobre o ocorrido.
Os dois foram liberados após a recusa, cabendo ao MP de São Paulo oferecer a denúncia para iniciar uma ação penal ou devolver à Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) para novas investigações.
Caso sejam condenados, o torcedores envolvidos podem receber pena de 1 a 2 anos de prisão e multa.