A Polícia Federal (PF) realizou nesta quinta-feira (17) mais uma etapa da Operação “Profeta”. Desta vez, os oficiais prenderam o coach de investimentos Rodrigo dos Reis, também conhecido como Coach dos bitcoins, que é investigado por causar um prejuízo milionário a aproximadamente 10 mil investidores de suas empresas. Conforme reportagem do Metrópoles, ele utilizava de sua religião como uma forma de atrair seguidores e investidores.
ANÚNCIO
Leia também: VÍDEOS: Prédio desaba após explosão e deixa mortos e feridos em AL; suspeita é de vazamento de gás
De acordo com a reportagem, o homem atuava como influenciador digital e vendia mentorias e cursos de investimentos nas redes sociais. Ele chegou a ter mais de 100 mil seguidores em suas páginas, pelas quais também comercializava bitcoins e Forex, um ativo baseado em moedas estrangeiras.
Investimentos sem retorno
Testemunhas revelaram que inicialmente os investidores das empresas de Reis, como a RR Consultoria, recebiam algum retorno sob o valor investido. Com o passar do tempo eles deixaram de receber retorno dos investimentos e passaram a tentar recuperar o valor investido nas empresas de criptomoedas. As tentativas tiveram início no ano de 2022 e seguem até então.
Segundo consultores, que trabalhavam para Reis e eram próximos de sua família, o empresário afirmava realizar operações com Forex justamente pelo ativo “não ser regulado no Brasil”. Eles também confirmaram que o homem afirmava que o dinheiro dos investidores estava bloqueado em uma corretora de bitcoins.
Investigação antiga
A “Operação Profeta” foi conduzida pela Polícia Federal do Rio de Janeiro e apurou que Reis se apresentava aos possíveis investidores como sendo um expert no mercado de investimentos e bitcoins. Ele utilizava suas empresas para captar recursos para a Bitcluster, que chegou a receber R$16 milhões conforme as investigações.
Quando as coisas desandaram, o homem deixou as redes sociais e abandonou as sedes das empresas. Ele foi localizado pela PF em Cajamar, interior de São Paulo, onde foi preso. Estima-se que ele tenha causado um prejuízo de 260 milhões aos 10 mil investidores de suas empresas.