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Mulher baleada em ação que levou à morte do menino Ryan teve a casa vasculhada enquanto estava no enterro

A mulher, que acompanhava o enterro do menino de 4 anos morto durante ação da PM, encontrou a casa completamente revirada ao chegar.

Mãe se revoltou e cobrou justiça
Familiares e amigos estavam emocionados no enterro do menino Ryan Santos, de 4 anos, baleado em ação policial em Santos, no litoral de SP (Reprodução/Metrópoles)

Uma das pessoas baleadas durante a ação da Polícia Militar no Morro do São Bento, em Santos, que terminou na morte do menino Ryan (4 anos), descobriu que sua casa foi vasculhada por policiais enquanto comparecia ao enterro da criança. A mulher de 24 anos, que não teve sua identidade revelada, encontrou o local revirado ao chegar em casa depois da cerimônia de despedida da criança.

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Segundo relato da mulher ao Metrópoles, além de vasculharem o imóvel os policiais também teriam agredido o cunhado dela, que estava no local. “Eles entraram aqui, bateram no meu cunhado, falaram um monte de coisa para o meu marido. Tudo isso enquanto eu estava no enterro”.

Conforme a reportagem, a Polícia Militar foi questionada sobre a ação e sobre a existência de um possível mandado judicial que permitiria a entrada no imóvel, no entanto não obteve resposta até o presente momento.

Baleada de raspão

Segundo a vizinha, que mora a poucos metros do local onde Ryan foi baleado, o suposto confronto entre policiais e suspeitos não ocorreu. Ela, que estava no portão quando os tiros foram disparados, acabou sendo baleada no braço.

“Fui atingida no portão da minha casa. O Ryan estava bem do lado. Não teve confronto nenhum. Eu vi ele com a mão na barriguinha. Na hora eles tentaram falar que não foram eles que deram o tiro. Mas eu vi tudo”, revela.

Além de Ryan e da mulher, outros dois adolescentes (17 e 15 anos) foram baleados na ação. O mais velho morreu no local e o mais novo segue internado no hospital sob escolta policial. Segundo os militares, os adolescentes teriam trocado tiros com a polícia.

A versão dos policiais é questionada pelos moradores do local, que afirmaram que existiam apenas dois garotos em uma moto, e não 10 suspeitos como o alegado pelos militares.

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