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“Quero pedir perdão”: Corintiano que comprou cabeça de porco lançada em estádio diz que se tratava de ‘provocação sadia’

A polícia enviou um pedido para que sua presença em estádios seja proibida por pelo menos três anos.

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“Quero pedir perdão”: Corintiano que comprou cabeça de porco lançada em estádio diz que se tratava de ‘provocação sadia’ (Reprodução)

O torcedor corintiano Osni Fernando Luiz prestou depoimento nesta quarta-feira (6) após ser apontado pela Polícia Civil como responsável por comprar a cabeça de porco jogada no gramado da NeoQuímica Arena durante o jogo entre Corinthians e Palmeiras, na segunda-feira (4).

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Ele assumiu ter adquirido a cabeça e a levou para o estádio, apesar de afirmar não saber quem arremessou a cabeça no campo. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade).

“Eu estava bêbado e arremessei [a cabeça] lá por um canto do estádio, no setor Sul. Achei que alguém ia achar e jogar fora. Ou que ia tirar foto. Eu não sei [quem jogou no gramado]”, disse ele.

“Comprei a cabeça de porco no mercadão da Lapa, paguei por ela. Nós pensamos: vamos para a frente da arena, no estacionamento, nós pegamos a cabeça e tiramos algumas fotos”, continuou.

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Justificativa e pedido de desculpas

Segundo Osni Fernando Luiz, ter adquirido a cabeça do porco e levado ao estádio se tratava apenas de uma “provocação sadia” contra os palmeirenses.

“A provocação é sadia, não peguei barra de ferro para agredir ninguém, não dei soco em ninguém. O futebol tem que parar com isso. O futebol raiz tem que viver. Nos anos 1990, todo mundo ia para o jogo junto, brincava com o outro. Hoje chegou em uma proporção que estão acabando com o futebol”, disse ele em depoimento.

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Conforme a Secretaria da Segurança, “o homem foi liberado com base na Lei Geral do Esporte”. As investigações continuam com o objetivo de identificar e responsabilizar os demais envolvidos, além de esclarecer completamente os acontecimentos.

Antes de ser liberado, o torcedor assinou um termo circunstanciado por causar tumulto. A polícia enviou um pedido ao Ministério Público e à Federação Paulista de Futebol para que sua presença em estádios seja proibida por pelo menos três anos.

Devido à provocação, o Corinthians pode ser responsabilizado conforme o artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata da prevenção de lançamentos de objetos no campo. Se o autor do arremesso não for identificado, o clube corre o risco de ser punido, incluindo a perda de mando de campo. Osni pediu desculpas ao clube e às autoridades pelo ocorrido.

“Quero pedir perdão ao meu clube. Amo demais essa entidade. Em momento algum em quis prejudicar essa entidade. Quero pedir perdão para as autoridades pela dor de cabeça que estou fazendo eles passarem. Momento algum eu quis dar essa dor de cabeça. Em momento algum pensei isso ia tomar a proporção que tomou”, disse.

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