Execução e queima de arquivo são as hipóteses investigadas para o assassinato do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, morto nesta sexta-feira a tiros de fuzil no Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
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O empresário, segundo informações, teria delatado uma série de esquemas de lavagem de dinheiro do PCC ao Ministério Público e teria mando matar dois integrantes da facção, Anselmo Becheli Santa Fausta, o ‘Cara Preta’ e Antônio Corona Neto, o ‘Sem Sangue’, em dezembro de 2021.
Ele atuava em negócios na área de bitcoins e criptomoedas e era réu por lavagem de mais de R$ 30 milhões de dinheiro do tráfico de drogas, geralmente usando artifícios como a compra e venda de imóveis e postos de gasolina em toda a cidade de São Paulo.
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Segundo a polícia, Vinicius chegou a ter muita influência em células do PCC e foi integrante do tribunal do crime, responsável pela condenação e execução de integrantes que traíram a organização.
Em março, ele assinou acordo de delação premiada com o Ministério Público e entregou informações de esquemas do Primeiro Comando e extorsões envolvendo policiais civis de São Paulo, e prometia entregar ainda outros esquemas envolvendo a facção. Sua última delação feita ao MP foi há duas semanas.
Sua morte ocorreu na área externa do aeroporto, quando tiros de fuzil 765 partiram de um Gol preto que fugiu em seguida. Duas pessoas, supostamente guarda-costas de Vinicius, ficaram feridos no ataque. Como o ataque foi realizado fora das dependências do aeroporto, não será investigado pela Polícia Federal, como determa a lei, e a investigação ficará a cargo da Departamento de Homicídios da Polícia Civil de São Paulo (DHPP).