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Desnutrido e com várias lesões: veja o que se sabe sobre o caso dos pais presos após morte de bebê

Thalita de Camargos e Paulo Bernardo tiveram a prisão decretada pela Justiça de SP; eles alegam inocência

Defesa alega que eles são inocentes
Thalita Ariel Freitas de Camargos, de 25 anos, e Paulo Ricardo Borges Bernardo, de 22, foram presos suspeitos pela morte do filho, de 58 dias de vida, no interior de SP (Reprodução)

Um casal foi preso suspeito pela morte do filho, um bebê de apenas 53 dias, em Franca, no interior de São Paulo. Segundo a investigação, Micael Benício Freitas Bernardo morreu menos de uma hora após dar entrada na Santa Casa da cidade. Os médicos suspeitaram ao ver que ele apresentava várias lesões e também um quadro de desnutrição severa. Com o andamento das apurações, a Justiça decretou a prisão temporária de Thalita Ariel Freitas de Camargos, de 25 anos, e Paulo Ricardo Borges Bernardo, de 22. Eles alegam inocência.

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Micael morreu no último dia 27 de outubro, pouco tempo depois de ser levado ao hospital com sinais de parada cardiorrespiratória. A equipe médica fez as manobras para reanimação por 58 minutos, mas o bebê não resistiu.

Conforme o boletim de ocorrência, os médicos se intrigaram ao ver que o menino tinha vários hematomas pelo corpo, uma suspeita de fratura no crânio, além de costelas quebradas e um quadro de derrame pleural, que é o acúmulo de água no pulmão. Assim, suspeitaram de violência e acionaram a Polícia Militar.

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Na data da morte, Thalita disse que amamentou o filho e ele dormiu, quando ela saiu de casa para votar, já que naquele dia era realizado o segundo turno das eleições. Quando voltou, encontrou Paulo Ricardo tomando banho com o bebê. Quando pegou a criança, ela notou que ela não estava bem e chamou uma ambulância, que os levou até a Santa Casa de Franca.

O pai do bebê, por sua vez, disse à polícia que, depois que Thalita saiu de casa, o filho começou a chorar muito e, por isso, ele decidiu dar um banho para acalmá-lo. Dias depois dessa oitiva, no entanto, ele foi ouvido novamente e alegou que deixou Micael cair no chão depois de ensaboá-lo.

A investigação prosseguiu e, na última terça-feira (5), a Justiça decretou a prisão temporária do casal, suspeito pelo crime de homicídio qualificado. O caso é apurado no âmbito da Lei Henry Borel, sancionada em 2022, que considera crime hediondo o assassinato de menores de 14 anos.

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A advogada Talita Cardia, que defende a mãe do bebê, disse ao G1 que sua cliente é inocente. “Ela sempre notificou a Justiça sobre seu novo endereço, nunca pensou ou agrediu seu filho, sempre cuidou do bebê com muito carinho e atenção. Está sofrendo com a perda do seu bebê, e só está aguardando o reconhecimento da sua inocência”, disse.

Já Paulo Ricardo é representado pela Defensoria Púlblica, que não quis se manifestar sobre o caso.

Mulher já perdeu outro bebê

Em 2022, Thalita perdeu outro filho, de 39 dias. Na época, o caso foi registrado como “morte natural”, depois que uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou que o bebê apresentava sinais de equimose (manchas roxas na pele) e não resistiu.

A mãe disse à polícia que deu banho no filho e o colocou para dormir. Algum tempo depois, já o encontrou com o corpo frio. Ela disse que o menino tinha nascido com problemas respiratórios.

Agora, com a morte de Micael, as informações desse caso foram anexadas ao processo. Não há detalhes se Paulo Ricardo também era o pai desta criança.

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