A Polícia Civil de Goiás prendeu Plínio Veloso Naves de Barros, de 37 anos, que é acusado de estuprar e ameaçar mulheres com a divulgação de nudes, em Goiânia. Segundo a investigação, o homem atuava como um “sugar daddy”, em um esquema em que atraía as vítimas oferecendo presentes e dinheiro. Porém, o “maníaco sexual” depois forçava as relações, sendo que uma das abusadas disse que foi violentada por ele mais de 30 vezes.
A prisão ocorreu na noite da última quarta-feira (6), enquanto o suspeito estava em um restaurante de comida japonesa. O delegado Humberto Teófilo explicou que a localização de Plínio ocorreu depois que uma vítima esteve na delegacia e disse que vinha sendo estuprada pelo “sugar daddy” desde julho deste ano.
A vítima não denunciou o caso antes por medo, já que o homem gravava os crimes e depois ameaçava divulgar as imagens. “Ela nos narrou que ele falava assim: ‘Se você não tiver relação comigo, eu vou publicar isso, vou mostrar pra sua família, vou mostrar pras pessoas onde o seu filho estuda, onde você trabalha”, contou o delegado ao site G1.
Depois da prisão do suspeito, o delegado disse que outras vítimas já apareceram e também disseram que eram violentadas por ele. No apartamento dele, a polícia apreendeu documentos, celulares e computadores, sendo que vários vídeos íntimos foram encontrados.
O homem é investigado por crimes de estupro, favorecimento da prostituição, falsa identidade e divulgação de cena de sexo. A defesa dele não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.
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Esquema de ‘sugar daddy’
Segundo a polícia, Plínio tinha contas falsas nas redes sociais, pelas quais se aproximava de mulheres e logo passava a oferecer presentes, dinheiro e até falsas propostas de emprego. As vítimas acabavam se encantando com ele e marcavam de encontrá-lo em um apartamento de alto padrão no Setor Bueno, em Goiânia.
Depois de estabelecer a relação, o “sugar daddy” exigia que as mulheres mantivessem relações sexuais com ele, alegando que precisavam pagá-lo pelos benefícios recebidos.
“A partir do momento que ele conquistava essas mulheres, ele começava a perseguir, começava a ameaçar direta e indiretamente, tendo em vista que ele tinha vídeos e fotos íntimas dessas mulheres”, explicou o delegado.