Os vereadores da cidade de São Paulo aprovaram na terça-feira (12) o aumento do próprio salário em 37%, ou seja, para R$ 26.080,98. A medida, de autoria da Mesa Diretora da casa, presidida pelo vereador Milton Leite (União), foi aceita em votação única e simbólica que durou apenas 23 segundos. Foram registrados apenas três votos contrários e uma abstenção. A questão repercutiu nas redes sociais, quando os internautas criticaram a postura dos parlamentares (veja postagens mais abaixo).
Conforme a proposta, o valor de subsídio mensal para a legislatura que iniciará em 2025 será estabelecido em R$ 24.754,79, a partir de 1º de janeiro de 2025, e R$ 26.080,98 a partir de 1º de fevereiro de 2025. Isso porque, com base na Constituição Federal, a remuneração dos vereadores é fixada em 75% da remuneração estabelecida para os deputados estaduais, que teve aumento em fevereiro.
Dessa forma, o salário dos vereadores, que atualmente é de R$ 18.991,68, terá aumento de 30% a partir de janeiro e de 37% de fevereiro em diante.
Por se tratar de um assunto privativo da Câmara Municipal, o assunto não precisou ser sancionado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB). Dessa forma, o projeto aprovado já foi promulgado logo após a votação. A medida também recebeu parecer favorável das comissões de Constituição e Justiça, de Administração Pública e de Finanças e Orçamento.
Já os vereadores Fernando Holiday (PL), Jussara Basso (PSB) e os da bancada do PSol votaram contra a proposta. A vereadora Luna Zarattini (PT), por sua vez, se absteve.
Em nota divulgada após a votação, a presidência da Câmara disse que o último reajuste aprovado em plenário aos vereadores de São Paulo ocorreu em dezembro de 2016 e que o aumento estabelecido ficou abaixo da inflação acumulada de janeiro de 2017 a outubro de 2024, de 47,34%.
“Além disso, respeita o teto previsto na Constituição, que é de 75% do subsídio dos deputados estaduais”, destacou o texto.
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Repercussão nas redes sociais
Muitos internautas falaram sobre o assunto nas redes sociais. Eles questionavam a rapidez como o tema foi votado e aprovado e disseram que esse foi o “presente de Natal” dos parlamentares.
Outros citaram que, enquanto discussões que afetam diretamente a vida do trabalhador, como a PEC da escala 6x1, enfrentam muitas dificuldades para entrar em pauta, os vereadores de São Paulo rapidamente legislaram em causa própria.
Veja algumas das postagens abaixo: