Em declaração pública realizada nesta quinta-feira, 14 de novembro, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues afirmou que o atentado a bomba no STF, ocorrido na noite do dia 13, é um sinal de que grupos extremistas responsáveis por ações similares ainda seguem ativos no país. Segundo reportagem do G1, ele ainda afirmou existirem indícios de que Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado, teve algum tipo de ajuda para planejar o ato.
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Além de acreditar que o autor do atentado teve ajuda no planejamento, a Polícia Federal também considera que ele tenha passado meses planejando o ataque antes mesmo de agir. Em declaração, Andrei afirmou:
“Quero fazer um registro da gravidade dessa situação que nós enfrentamos ontem. Que apontam que esses grupos extremistas estão ativos e precisam que nós atuemos de maneira enérgica. Não só a Polícia Federal, mas todo o sistema da Justiça Federal. Entendemos que o episódio de ontem não é um fato isolado, mas conectado com várias outras ações”.
“Eu tenho ressalvas com essa expressão ‘lobo solitário’, porque, ainda que a ação visível seja individual, por trás dessa ação nunca há só uma pessoa, há sempre um grupo, ou ideia de um grupo, com extremismos e radicalismos que levam ao cometimento dos crimes. A ação, de fato, foi individual, mas a investigação dirá se há outras conexões, redes, o que está por trás e impulsionou essa ação. Equipes estão em Brasília e em Santa Catarina”, afirmou.
Caso será investigado pela Polícia Federal
As investigações referentes ao caso foram inicialmente direcionadas à Polícia Civil do Distrito Federal, no entanto, devido a amplitude e ao alvo do ataque a Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal (STF) devem assumir as investigações.
Segundo Andrei, por conta da hipótese de que o ato seja um atentado contra o Estado Democrático de Direito e um ato terrorista, o caso seria encaminhado à Suprema Corte.