Imagens de câmeras de segurança de uma loja registraram quando o chaveiro Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, o Tiü França, comprou explosivos em Brasília, no Distrito Federal. Ele teria gasto R$ 1,5 mil nas bombas, adquiridas em duas visitas ao estabelecimento, nos últimos dias 5 e 6. Na noite da última quarta-feira (13), ele morreu ao fazer detonações na Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).
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Um vídeo divulgado pelo “Metrópoles” mostra o momento de uma das compras (assista abaixo):
Na primeira vez que foi até a loja, localizada em Ceilândia (DF), ele gastou R$ 295. Já na segunda, o valor ficou em R$ 1.250. Em ambas as compras, ele fez o pagamento com um cartão de débito.
A Polícia Civil destacou que a loja que fez as vendas não atua de maneira irregular e está colaborando com as investigações, mas não é alvo do inquérito.
A investigação aponta que Francisco teria modificado as bombas de alguma forma caseira para torná-los ainda mais potentes.
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O atentado
Na noite de quarta-feira (13), o homem cometeu o atentado. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento exato em que Francisco jogou explosivos contra a estátua da Justiça, na Praça dos Três Poderes, após não ter conseguido entrar no prédio do STF. Depois, ele detonou a bomba que o matou (veja no vídeo abaixo):
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Primeiro foram detonados explosivos em um carro, que estava no estacionamento anexo à Câmara dos Deputados, em frente ao STF.
Em questão de 20 segundos depois, houve a segunda explosão já na Praça dos Três Poderes, onde Francisco morreu. O corpo dele passou a noite toda no local e foi liberado para ser recolhido só na manhã desta quinta-feira (14). Ele foi levado para passar por exames necropsiais.
A Polícia Federal investiga o caso como um ato terrorista e diz que, até o momento, tudo indica que o homem agiu sozinho e que crime foi premeditado.
Segundo a Polícia Civil, o homem alugou uma casa em Ceilândia, no Distrito Federal, alguns dias atrás, onde foram encontrados alguns documentos, como a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) dele, e também foram achados mais explosivos. Um deles detonou enquanto um robô abriu uma gaveta.
A ex-mulher de Francisco, Daiane Farias, disse à PF que Francisco tinha como alvo o ministro Alexandre de Moraes. Segundo ela, ele “queria matar o ministro e quem mais estivesse junto na hora do atentado”.
O homem morava na cidade de Rio do Sul, em Santa Catarina, onde foi candidato a vereador em 2020, mas não conseguiu se eleger. Ele obteve apenas 98 votos.