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VÍDEO: hacker que ameaçou explodir o Congresso é preso no interior de SP; polícia apura se há elo com atentado

Fernando Curti é suspeito de enviar e-mail com ameaças contra autoridades em 2022

Ele foi detido em Jundiaí, no interior de SP
Hacker Fernando Curti foi preso suspeito por ameaçar explodir o Congresso Nacional e ameaçar políticos (Divulgação/Polícia Civil)

A Polícia Civil prendeu um hacker suspeito de ameaçar explodir o Supremo Tribunal Federal (STF). Um vídeo mostra o momento em que Fernando Curti foi detido na casa em que morava, em Jundiaí, no interior de São Paulo (veja abaixo). Ele teria enviado um e-mail anônimo e criptografado contendo ameaças contra o Congresso Nacional e, especificamente, contra a deputada estadual Bruna Rodrigues (PCdoB). Agora, a investigação apura se ele tinha algum elo com Francisco Wanderley Luiz, que morreu ao explodir bombas na Praça dos Três Poderes.

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A prisão ocorreu na quinta-feira (11), durante uma operação realizada por policiais civis do Rio Grande do Sul, com apoio de agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí e do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil (GOE) de Campinas (SP).

Conforme as investigações, Fernando Curti, de 36 anos, foi preso suspeito de praticar “crimes ditos de ‘ódio’, cometidos como ânimo de continuidade e permanência, através de mensagens de conteúdo ofensivo, bem como de conotação racial e terrorismo”.

Ele é apontado como o autor de um e-mail anônimo e criptografado, contendo ameaças direcionadas à deputada estadual Bruna Rodrigues. Além dela, o homem também teria praticado crimes de ódio contra outras autoridades, incluindo senadores e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.

A polícia suspeita que Curti e outros investigados façam parte de um grupo da “deep web”, onde cometeram os crimes contra outros políticos de diversas regiões do Brasil.

Na casa do hacker, foram apreendidos tablets, celulares, pen drives, computador e notebook. “Realizada a perícia in loco em um dos dispositivos eletrônicos do alvo principal foram encontrados elementos que fizeram com que o delegado de Jundiaí decidisse por sua prisão em flagrante”, esclareceu ao G1 a delegada Vanessa Pitrez, chefe do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC).

A defesa dele não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

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Explosões em frente ao STF

A investigação vai apurar se Curti tinha alguma ligação com Francisco Wanderley Luiz, que morreu ao explodir bombas na Praça dos Três Poderes na noite da última quarta-feira (13).

Imagens de câmeras de segurança mostram o momento exato em que Francisco jogou explosivos contra a estátua da Justiça. Depois, ele detonou a bomba que o matou (veja no vídeo abaixo):

Primeiro foram detonados explosivos em um carro, que estava no estacionamento anexo à Câmara dos Deputados, em frente ao STF. (veja no vídeo abaixo).

Em questão de 20 segundos depois, houve a segunda explosão já na Praça dos Três Poderes, onde Francisco morreu. O corpo dele passou a noite toda no local e foi liberado para ser recolhido só na manhã de quinta-feira (14). Ele foi levado para passar por exames necropsiais.

A Polícia Federal investiga o caso e fará uma reconstituição, estratégia semelhante à reconstrução de cenário na identificação dos crimes de 8 de janeiro do ano passado, quando os prédios do Três Poderes sofreram ataques golpistas.

Ex-mulher de Francisco disse à PF que ele tinha como alvo o ministro Alexandre de Moraes. Ela contou que eles estavam separados, mas ela viu quando o homem compartilhou pesquisas que fez no Google para planejar o atentado. Ela afirma que chegou a questioná-lo: “Você vai mesmo fazer essa loucura?”, mas o homem, que integrava grupos radicais, seguiu com o plano.

PF ainda investiga as circunstâncias e motivação do ataque
Francisco Wanderley Luiz, o Tiu França, que morreu em explosões em frente ao STF, já tinha sido candidato a vereador em SC, mas não foi eleito (Reprodução/Redes sociais)

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