Uma quarta estudante de direito da PUC, Marina Lessi de Moraes, foi desligada nesta terça-feira do estágio que fazia no escritório Machado Meyer, em São Paulo, após ter sido identificada entre os alunos que praticaram atos discriminatórios contra alunos cotistas da Universidade São Paulo (USP) durante os Jogos Jurídicos realizados na cidade de Americana, no interior de São Paulo, no sábado passado. A notícia é do G1.
Além de Marina, perderam seus trabalhos em escritórios de advocacia também Tatiane Joseph Khoury, Matheus Antiquera Leitzke e outro rapaz, cujo nome não foi confirmado.
O QUE ACONTECEU
Enquanto os times das duas universidades se enfrentavam, torcedores da PUC gritavam ofensas contra estudantes cotistas e um grupo de negros, com frases como “cotista filho da p***” e “manda o Pix da esmola”, referindo-se à situação socioeconômica dos adversários.
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Um inquérito foi instaurado nesta segunda-feira na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) e os vídeos gravados por alunos estão sendo analisados para fazer o reconhecimento de outros agressores. O caso também está sob análise da Promotoria Criminal de Americana.
Em nota conjunta, as duas faculdades repudiaram os “lamentáveis episódios” e se comprometeram a investigar o caso. Veja a íntegra da nota:
“Essas manifestações são absolutamente inadmissíveis e vão de encontro aos valores democráticos e humanistas, historicamente defendidos por nossas instituições. Diante disso, as entidades signatárias comprometem-se a apurar rigorosamente o caso, garantindo a ampla defesa e o devido processo legal, e a responsabilizar os envolvidos de maneira justa e exemplar.”