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Treinamento rígido e especialização em contraterrorismo: entenda o que são os "kids pretos"

Grupo de forças especiais do Exército Brasileiro tem acesso restrito e treinamento intenso para ações em condições extremas.

Ao menos quatro integrantes de um grupo de elite do Exército Brasileiro foram presos pela Polícia Federal sob suspeita de planejar um golpe de estado que incluiria a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes. Em uma segunda fase das investigações, a PF agora busca entender se os envolvidos, que eram integrantes do grupo de elite das forças militares, os “kids pretos”, utilizaram técnicas militares para incitar a tentativa de golpe.

Leia também: Plano para matar Lula, Alckmin e Moraes: PF prende militares das forças especiais que planejaram golpe em 2022

Conforme publicado pelo O Globo, os acusados são parte de um grupo restrito do Exército que possui treinamento rígido, sendo especializados em ações de infiltração, operações camufladas e atuação de contraterrorismo. Além de direcionar os atos após a derrota eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro, os cinco envolvidos na operação também teriam ajudado a financiar os ataques.

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Atos do dia 08 de janeiro chamaram atenção

Durante os atos em Brasília no dia 08 de janeiro de 2023, a presença de manifestantes utilizando balaclavas e com desenvoltura na linha de frente da invasão chamou a atenção dos investigadores. A vestimenta utilizada é uma das marcas dos “kids pretos”.

O grupo em questão teria organizado uma ofensiva para furar o bloqueio realizado pela Polícia Militar e orientado manifestantes a entrar no Congresso pelo teto, utilizando gradis como escadas. Os manifestantes também foram orientados a usar mangueiras de água para diminuir os efeitos das bombas. Segundo a CPI dos Atos, outro ponto que pode comprovar o envolvimento dos “kids pretos” na invasão foi a localização de destroços de uma granada de gás lacrimogêneo utilizada em treinamentos do grupo.

“Kids pretos”

O apelido informal atribuído ao grupo militar de operações especiais faz referência ao gorro preto utilizado pelos oficiais. Outra referência é ao codinome utilizado para definir o comandante da unidade que combateu guerrilheiros do Araguaia.

A atuação no grupo em questão é restrita e requer um intenso treinamento. O interessado precisa ser sargento ou oficial e realizar cursos de paraquedista por seis semanas, e de “ações de comando”, por quatro meses, sendo essa a etapa mais intensa.

Os integrantes do grupo de elite do exército são considerados altamente preparados e capazes de capacitar tropas convencionais para a execução de tarefas de alta complexidade.

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