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Professores que imitaram macaco em roda de samba no RJ são indiciados por racismo no Dia da Consciência Negra

O brasileiro e a argentina negaram qualquer intenção discriminatória do vídeo gravado em julho deste ano.

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Professores que imitaram macaco em roda de samba no RJ são indiciados por racismo no Dia da Consciência Negra (Reprodução)

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) indiciou dois professores por racismo após serem filmados imitando macacos durante uma roda de samba no Centro do Rio, em julho.

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As imagens, divulgadas por uma jornalista, mostravam o brasileiro Thiago Martins Maranhão (41) e a argentina Carolina de Palma (28) fazendo gestos racistas em meio ao público. De acordo com o GLOBO, o caso foi registrado nesta quarta-feira (20), no Dia da Consciência Negra.

O vídeo viralizou nas redes sociais e levou à investigação. A polícia destaca que o ato “associou negativamente indivíduos ou grupos, especialmente a população negra”, reforçando a histórica comparação racista entre negros e macacos.

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A polícia ainda informou que o Centro de Cooperação Policial Internacional ajudou na identificação de Carolina, que deixou o Brasil dois dias após o incidente.

No depoimento, Thiago alegou que imitaram diversos animais durante a dança, e que só depois ficou ciente de que o vídeo havia sido editado para mostrar apenas o momento em que imitavam um macaco.

A defesa de Carolina também negou qualquer intenção discriminatória, alegando que ela imitou outros animais. A polícia, no entanto, ressaltou que atitudes como essa podem perpetuar traumas e desigualdades sociais, considerando o ato como crime inafiançável, com pena de 3 a 5 anos de prisão.

A Decradi já investigou mais de 500 casos de crimes raciais e continua a apurar casos de intolerância religiosa, LGBTfobia e xenofobia. As vítimas de preconceito podem registrar ocorrências na delegacia ou pela Delegacia On-line.

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