De janeiro a 17 de novembro deste ano, 673 pessoas foram mortas por policiais militares, contra 460 nos 12 meses do ano passado. Dessas 673 mortes, 577 foram praticadas por policiais em serviço, ou seja, trabalhando, e 96, de folga. Os números representam um aumento de 46% até 17 de novembro deste ano, se comparado a 2023, segundo dados do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial, do Ministério Público.
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É o segundo ano consecutivo de aumento de mortes praticadas por policiais militares. Tanto neste ano quanto no ano passado, a Polícia Militar realizou operações na Baixada Santista consideradas as mais letais desde o massacre do Carandiru, com 56 mortos, em 2024, e 28, em 2023.
Um ano antes, em 2022, sob gestão do governador Rodrigo Garcia (DEM), com a ampliação do programa Olho Vivo, das câmeras acopladas nos uniformes dos PMs, o estado de São Paulo registrou o menor número de mortes por PMs em serviço na história. A redução da mortalidade de adolescentes em intervenções policiais chegou a 80,1% naquele ano.
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Apesar de negarem, PMs usavam câmeras corporais quando mataram estudante de medicina em SP
É o segundo ano consecutivo de aumento de mortes praticadas por policiais militares. Tanto neste ano quanto no ano passado, a Polícia Militar realizou operações na Baixada Santista consideradas as mais letais desde o massacre do Carandiru, com 56 mortos, em 2024, e 28, em 2023.
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Um ano antes, em 2022, sob gestão do governador Rodrigo Garcia (DEM), com a ampliação do programa Olho Vivo, das câmeras acopladas nos uniformes dos PMs, o estado de São Paulo registrou o menor número de mortes por PMs em serviço na história. (veja gráfico abaixo). A redução da mortalidade de adolescentes em intervenções policiais chegou a 80,1% naquele ano.
Desde antes de assumir o governo do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos) já dava sinais de que não iria ampliar o programa das câmeras. Ao assumir o cargo, em 2023, confirmou que não adquiriu novas câmeras mesmo com orçamento disponível.
Neste ano, o governo de São Paulo lançou um edital para a contratação de 12 mil novas câmeras corporais para a Polícia Militar. A gravação de vídeos pelo equipamento vai ser realizada de forma intencional, ou seja, o policial será responsável pela escolha de gravar ou não uma ocorrência.
Na prática, a mudança pode dificultar investigações de atos de violência policial porque deixará a decisão sobre ligar ou não o equipamento a cargo dos agentes.
Nesta semana, um estudante de medicina foi morto por policiais militares na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo. Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, foi morto com um tiro à queima-roupa na madrugada de quarta-feira (20). Os PMs Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado, envolvidos na ocorrência, foram afastados de suas funções até o final das investigações.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que “todos os casos de morte decorrente de intervenção policial que ocorrem em São Paulo são rigorosamente investigados pelas forças de segurança, com acompanhamento das respectivas Corregedorias, Ministério Público e Poder Judiciário”.