Após receber o inquérito final que apura a tentativa de golpe de Estado, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, deve encaminhar o documento à Procuradoria-Geral da República apenas na próxima segunda-feira, dia 25 de novembro. O caso em questão tem relação com a Operação Contragolpe, realizada pela Polícia Federal.
ANÚNCIO
Leia sobre o caso:
- Bolsonaro pode ser preso? Saiba o que pode acontecer com os indiciados no inquérito do golpe
- Entenda os três inquéritos pelos quais Bolsonaro foi indiciado
- Tribunal Militar pode ser acionado para lidar com indiciados por tentativa de golpe; entenda
- Listas de indiciados por tentativa de golpe tem neto de ex-presidente da época da ditadura
- Lista de indiciados no inquérito sobre tentativa de golpe contra o governo Lula inclui Bolsonaro
De acordo com o G1, uma fonte próxima de Moraes revelou que o ministro deverá manter o sigilo no relatório final do caso, diferente da conduta tomada diante das investigações da fraude de cartões de vacina e dos desvios de joias e itens do acervo presidencial. Neste caso, a manutenção do sigilo seria uma de garantir um “trabalho tranquilo” para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, que estuda como os três casos em questão podem estar articulados.
Denúncia fica para 2025
Por conta dos prazos e trâmites processuais, a expectativa é de que uma eventual denúncia sobre o caso do golpe será realizada somente no ano de 2025. O prazo se deve a necessidade de realização de uma análise cuidadosa e criteriosa dos dados apresentados por meio do relatório da Polícia Federal.
Para realizar a análise, Paulo Gonet conta com uma equipe composta por diversos técnicos, e pode acionar integrantes da Assessoria Jurídica Criminal no STF e do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, que conta com um coordenador conectado ao gabinete da PGR e mais oito procuradores auxiliares.
Uma possível denúncia é esperada para após o término do recesso, em 1 de fevereiro de 2025.