Robson Biscardi Santana foi condenado a 14 anos de prisão pela morte da ex-mulher, a motorista de transporte escolar Daniela Cristina Antônio Santana, ocorrida em outubro de 2022, no Guarujá, no litoral de São Paulo. Conforme o processo, o homem cometeu o assassinato depois que a vítima descobriu uma traição e quis se separar. Daniele Alves de Oliveira, apontada como a amante, também foi julgada por envolvimento no caso e pegou 12 anos em regime fechado.
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Daniela foi baleada na manhã do dia 28 de outubro de 2022 enquanto chegava na casa da mãe, na Rua Maria Barbosa, no Sítio Paecara, em Vicente de Carvalho. Ela foi atingida por tiros na nuca, braço e tórax e chegou a ser atendida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas teve a morte constatada no local.
O caso passou a ser investigado e, em junho de 2023, Robson e Daniele foram presos. Conforme a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a vítima descobriu que a dupla tinha um caso extraconjugal e, por isso, pediu o divórcio. Assim, de olho em vantagens econômicas, os acusados teriam planejado a morte de Daniela.
Ainda segundo o MP-SP, foi Robson quem efetuou os disparos que mataram a ex-mulher. Na ocasião, ele estava no carro que pertencia a amante.
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Julgamento e condenação
Robson e Daniele foram julgados entre 26 de outubro 27 de novembro deste ano, no Fórum de Guarujá. No fim, os jurados consideraram a dupla culpada pela morte da vítima.
O ex-marido da vítima foi condenado a 14 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado, enquanto a amante pegou 12 anos de pena em regime fechado por homicídio qualificado.
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O advogado André Cenedesi, que representa Robson, disse em entrevista ao G1 que a defesa já entrou com recurso e ressaltou que não foram apresentadas provas materiais do crime. “Estamos estudando todas as possibilidades recursais existentes para o caso. Sem dúvida, no máximo, até o começo da [próxima] semana, esses recursos serão apresentados”, afirmou.
Já o advogado Airton José Sinto Júnior, que representa Daniele, disse à TV Tribuna que a votação dos jurados foi apertada, o que abre brecha para um recurso. “Quatro votos pela condenação, três pela absolvição. Isso dá espaço para a gente desenvolver algumas teses, mas a principal é que a decisão daqueles que entenderam pela condenação é totalmente contrário ao que há nos autos”, disse.