O médico Josias Caetano dos Santos, responsável pela hidrolipo que levou à morte de Paloma Lopes Alves, de 31 anos, já foi condenado a indenizar uma paciente que teve os seios necrosados após um procedimento. Ele também foi processado outras 21 vezes por erros médicos.
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Conforme reportagem do G1, no ano de 2019 o médico foi responsável por realizar uma mamoplastia redutora que causou complicações para a paciente. A cirurgia de redução das mamas foi feita no Hospital São Rafael, na região central de São Paulo.
Quatro dias depois do procedimento a paciente percebeu que a aréola do seio esquerdo apresentava sinais de necrose, sendo necessário realizar três procedimentos de “debridamento cirúrgico”. Apesar das tentativas de correção cirúrgica, a mulher acabou “perdendo o mamilo esquerdo”.
Condenação por danos morais
Devido ao ocorrido, o médico foi sentenciado `pagar uma indenização por danos morais à paciente. Segundo o juiz Guilherme Silveira Teixeira, da 23ª Vara Cível, “há dúvidas em relações às condições sanitárias do ambiente em que foram realizados os procedimentos cirúrgicos”. Ele ainda reforça que a paciente não apresentava condições de saúde que pudessem elevar o risco de complicações no pós-cirúrgico, sendo que a perita responsável atestou que a mulher seguiu os cuidados conforme indicado.
A defesa do médico chegou a entrar com recurso, mas ele foi condenado ao pagamento de R$30 mil de indenização por danos morais causados à mulher, que teve um “dano estético permanente” causando uma “deformação em seu corpo”. Para o advogado Lairon Joe, a decisão foi “injusta visto que o termo de consentimento previa a necrose e a paciente foi orientada dos riscos durante a consulta”.