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Militares acreditavam que não seriam punidos por tentativa de golpe

Troca de mensagens entre indiciados no inquérito do golpe revelam que o grupo descartava a possibilidade de uma punição.

Mauro Cesar Barbosa Cid
Mauro Cesar Barbosa Cid (Reprodução / X)

Mensagens de um grupo de WhatsApp do qual participavam militares indiciados no inquérito do golpe revelaram que o grupo não demonstrava preocupações com a possibilidade de uma possível punição por seus atos. Entre diversas mensagens enviadas, eles afirmaram que o ministro do STF Alexandre de Moraes, não ia “querer mexer nesse vespeiro”.

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De acordo com O Globo, o grupo em questão era nomeado como “Dossss!!!”, e tinha o tenente-coronel Mauro Cid como um dos administradores. Entre as mensagens, eles afirmam que existem “milhares de outros grupos” sobre o assunto o que tornaria “inviável” uma ação de repressão contra os atos realizados pelos integrantes.

Em determinado momento, os integrantes também citam que caso as Forças Armadas decidissem promover uma “eventual caça às bruxas” estariam apenas incitando ainda mais a revolta planejada pelos envolvidos.

Carta de adesão

Conforme a reportagem, o grupo de WhatsApp acabou chamando atenção depois que um integrante postou uma carta pedindo assinaturas para pressionar o general Freire Gomes, então comandante do Exército, para sua adesão ao plano golpista que seria executado no final de 2022. Ainda assim, Freire se recusou a participar da ação, frustrando o plano golpista uma vez que o mesmo não teve adesão do Exército e da Aeronáutica.

Alguns dos integrantes do grupo foram intimados a prestar depoimento por suas falas no grupo, momento em que foi revelado que aproximadamente 90 militares com passagens pelos Batalhões das Forças Especiais, os chamados “kids pretos”, integravam o grupo. Ao menos seis kids pretos estavam entre os atuantes de um plano para “captura e neutralização” de Alexandre de Moraes, Lula e Geraldo Alckmin após as eleições de 2022.

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