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PM que executou jovem negro em frente a mercado está envolvido na morte de outros dois homens no litoral de SP

Vinicius de Lima Britto chegou a reprovar no exame psicológico por descontrole emocional, mas foi aprovado em uma segunda tentativa no ano de 2022.

Imagens mostram ação de policial por outro ângulo.
Imagens mostram ação de policial por outro ângulo. (Reprodução)

Novas informações apontam que Vinicius de Lima Britto, o policial militar que executou Gabriel Renan da Silva Soares com mais de dez tiros pelas costas, está envolvido em outra investigação pela morte de dois homens no litoral de São Paulo. Além do envolvimento em outras mortes, ele também teria sido reprovado no exame psicológico, uma etapa eliminatória do concurso para Policial Militar.

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Segundo informações divulgadas pelo G1, o policial também é investigado pela morte de dois homens em São Vicente, no litoral de São Paulo. O caso teria ocorrido na madrugada do dia 18 de dezembro de 2023, quando Vinicius reagiu a um assalto ao ser abordado por Matheus Quintino e Davi Emanoel Braz Ferreira. O policial, que estava acompanhado pela namorada e por um casal de amigos, reagiu disparando diversas vezes contra os suspeitos, que morreram no local.

Descontrole emocional

De acordo com novas informações publicadas pelo G1, o resultado da primeira avaliação de Vinicius indicava uma “inadequação aos critérios exigidos no perfil psicológico para o cargo de soldado”. Ele não teria se mostrado “inadequado” para a função por conta dos seguintes requisitos: relacionamento interpessoal adequado; capacidade de liderança; descontrole emocional.

Vale lembrar que a avaliação psicológica é uma das seis etapas envolvidas no concurso público para o cargo de Soldado PM de 2ª Classe. Ela é considerada uma etapa eliminatória e realizada por uma banca examinadora composta por profissionais habilitados.

Ele recorreu da decisão

Após ser reprovado, Vinicius entrou com uma liminar contra a Fazenda Pública de São Paulo. Seu objetivo era contestar o resultado ao alegar uma “ilegalidade na avaliação psicológica”, conforme descrito na petição do advogado Luiz Lello. O advogado ainda acrescentou que o processo está “pautado em parâmetros de avaliação de natureza puramente subjetiva” e que o candidato não foi informado sobre os motivos da desclassificação.

A defesa de Vinicius solicitou reintegração ao concurso, produção de nova avaliação psicológica com um perito e indenização por danos morais no valor de 100 salários mínimos. Na sentença, datada de agosto de 2022, a juíza Lais Helena Bresser Lang julgou improcedente o pedido e extinguiu o processo alegando que a exclusão do candidato ocorreu de forma legal, visto que ele foi considerado inapto para o cargo no momento da avaliação.

Ele foi aprovado em um novo concurso aproximadamente três meses após a extinção do processo, em novembro de 2022.

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