O fisiculturista e nutricionista Igor Porto Galvão, acusado de espancar e matar a companheira, Marcela Luise de Souza Ferreira, de 31 anos, em Aparecida de Goiânia, em Goiás, vai a júri popular. Ele está preso desde maio deste ano, época da morte da vítima, e virou réu pelo feminicídio. Ao ser detido, o homem alegou que a mulher caiu ao fazer faxina em casa, porém, exames apontaram que ela sofreu traumatismo craniano, além de múltiplas fraturas pelo corpo.
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O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou o fisiculturista, destacando Marcela foi levada a um hospital por ele muito machucada e não resistiu, o que configurou o crime de feminicídio. O juiz Leonardo Fleury acatou a denúncia e tornou o homem réu. Agora, saiu a decisão que ele vai enfrentar o júri popular, mas a data ainda não foi definida.
A defesa de Igor não foi encontrada para comentar o assunto. Na época da prisão, os advogados que o representam disseram ao site G1 que acreditam na instrução criminal e ressaltaram que vão provar a inocência dele ao longo do processo.
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Relembre o caso
Conforme a investigação, Igor agrediu Marcela na casa em que eles moravam e depois a levou ao Hospital Santa Mônica, em Aparecida de Goiânia, onde ela foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela estava muito ferida e passou 10 dias internada, mas não resistiu.
Ao ser ouvido, o homem disse à polícia que a vítima estava fazendo uma faxina quando caiu e se machucou. Porém, por conta da quantidade e gravidade das lesões, ele acabou sendo preso, no último dia 17 de maio.
O caso foi denunciado à polícia pelos médicos, por conta da gravidade dos ferimentos que a vítima apresentava.
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“O hospital entrou em contato com a delegacia informando que trata-se de múltiplas lesões, o que não é condizente com uma queda. Ela teve traumatismo craniano dos dois lados da cabeça e na base do crânio, fraturou a clavícula, oito costelas e teve várias escoriações pelo corpo”, contou a delegada Bruna Coelho, responsável pelas investigações do caso na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia.
A investigadora ressaltou que o fisiculturista espancou Marcela com a intenção de matá-la. “Não há dúvidas que a intenção dele era realmente matar a companheira. Pelos elementos que nós colhemos, observamos que as lesões são totalmente incompatíveis com uma queda da própria altura, chegando o perito médico legista a dizer que são compatíveis até mesmo com acidentes automobilísticos”, afirmou a delegada.
A investigadora destacou, ainda, que Igor tem um histórico de agressões e de ser violento com suas companheiras.