A Polícia Civil de São Paulo deflagrou nesta terça-feira (17) a “Operação Heisenberg”, que visa desarticular uma máfia formada, principalmente por estrangeiros, especializada na produção e venda de metanfetamina, uma droga sintética também conhecida como “cristal”. Os trabalhos visam cumprir 60 mandados de prisão e 101 de busca e apreensão, contra chineses, mexicanos, colombianos, nigerianos e também brasileiros envolvidos no esquema.
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Os trabalhos são coordenados pelo Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), que detalhou que o grupo é liderado por integrantes de uma máfia chinesa, mas também conta com narcotraficantes da Nigéria, México, Portugal e Colômbia, que vivem no Brasil, além de integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
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No total, os mandados de prisão expedidos são contra 32 chineses, quatro nigerianos, quatro mexicanos, dois portugueses e um colombiano, além de 17 brasileiros. Os policiais cumprem as medidas judiciais no Centro de São Paulo e em cidades da Região Metropolitana.
Fotos feitas pelos agentes mostram grandes quantidades de dinheiro em espécie, incluindo dólares, papelotes da droga, passaportes e aparelhos de celular que foram apreendidos durante a ação.
Conforme as investigações, os suspeitos inicialmente produziam a metanfetamina no exterior. Porém, passaram a também preparar a droga sintética em São Paulo e depois ela era distribuída e vendida para todo o Brasil.
Os membros da quadrilha deverão responder por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, organização criminosa e delitos conexos.
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‘Operação Heisenberg’
Segundo a polícia, a operação foi batizada como “Heisenberg”, em alusão ao personagem Walter White, da série de TV “Breaking Bad”. Ele era um professor de química que, após descobrir um câncer, cria um império da metanfetamina.
As investigações tiveram início ainda neste ano. Em junho, quando foi deflagrada a primeira fase, seis pessoas foram presas e dois quilos de metanfetamina, apreendidos.