O Ministério Público (MP) denunciou nesta semana 20 palmeirenses da Mancha Alviverde pela emboscada contra cruzeirenses da Máfia Azul, que deixou um torcedor morto e outros 15 feridos. O ataque ocorreu em 27 de outubro na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, Grande São Paulo.
Segundo relatório da investigação policial, até segunda-feira (16), 16 torcedores da Mancha foram presos e outros quatro eram procurados pela polícia como foragidos. Caberá à Justiça decidir se aceita a denúncia do MP e torna os acusados réus nos processo para que depois possam ser julgados pelos crimes. Até o momento não há decisão judicial sobre o pedido.
Os integrantes da maior torcida organizada do Palmeiras usaram pedaços de paus, pedras, barras de ferro e rojões. Eles incendiariam e depredaram ônibus dos torcedores do Cruzeiro e os agrediram. De acordo com a acusação, eles queriam se vingar dos cruzeirenses por uma briga contra eles em 2022, quando foram agredidos em Minas Gerais.
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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP também pediu à Justiça a conversão dos decretos de prisões temporárias em preventivas para os torcedores da Mancha.
Eles são acusados de homicídio, tentativa de homicídios e incêndio contra membros da Máfia. A maioria foi identificada pela Polícia Civil, que analisou vídeos da emboscada, gravados pelos próprios palmeirenses, que foram postados depois nas redes sociais.
A Promotoria ainda sugeriu que a Justiça condene os palmeirenses denunciados a pagarem uma indenização por danos materiais e morais no valor total de R$ 10 milhões para ser dividida entre os sucessores do cruzeirense morto (José Victor Miranda), para as vítimas sobreviventes e para a prefeitura de Mairiporã.
O Gaeco também pediu à Justiça que um homem ligado a uma das torcidas organizadas do Vasco da Gama seja investigado pela polícia por suspeita de envolvimento na emboscada aos cruzeirenses. A torcida carioca tem relação de amizade com a Mancha.