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Saiba quem era o chefe de cozinha que morreu atropelado ao catar recicláveis, no interior de SP

Fabricio Silva, 34, estava com a mulher quando foram atingidos; condutor fugiu sem prestar socorro

Mulher da vítima também foi atingida, mas foi socorrida e sobreviveu.
Chefe de cozinha Fabricio Silva, de 34 anos, morreu após ser atropelado em rua de Ribeirão Preto, no interior de SP; motorista fugiu sem prestar socorro (Reprodução/Redes sociais)

O chefe de cozinha Fabricio Silva, de 34 anos, morreu após ser atropelado em uma rua de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Ele prestava serviços como catador de recicláveis e estava acompanhado da esposa, quando ambos foram atingidos pelo veículo. O condutor fugiu do local sem prestar socorro e só se apresentou à polícia nove dias depois. Ele confessou que tinha consumido bebidas alcoólicas.

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O atropelamento ocorreu no último dia 2 de dezembro, na Avenida José Adolfo Bianco Molina, no Jardim Canadá. Fabricio não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Já a esposa dele foi socorrida e levada a um hospital da cidade. Não há mais detalhes sobre o estado de saúde dela.

O casal empurrava um carrinho de supermercado com os recicláveis, que ficou abandonado na rua. Testemunhas conseguiram anotar as placas do veículo e informaram à PM, que procurou pelo motorista nas imediações, mas ele não foi localizado.

O caso seguiu em investigação e, no último dia 11, o condutor se apresentou em uma delegacia, quando disse que pensou que tinha atropelado um animal e não pessoas. O homem admitiu que tinha feito o consumo de bebidas alcoólicas em dois bares, mas prestou depoimento e foi liberado.

Segundo a Polícia Civil, o condutor deverá responder por homicídio e lesão corporal culposos, omissão de socorro e evasão do local do acidente.

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Chefe de cozinha e viajante

A família de Fabricio mora em Santo André, no ABC Paulista, e conta que o rapaz era um viajante. Apesar da formação como chefe de cozinha, ele costumava fazer “bicos” por onde passava para levantar algum dinheiro e seguir com o passeio.

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“Ele se mudava muito, gostava de ir para lugares diferentes, conhecer pessoas. Ficava em hostel, albergues, sempre por escolha. Ele sempre voltava para casa. Participava de festas, eventos. Não tinha uma pessoa que não gostava, fazia amizade muito fácil, senhores e senhoras amavam conversar com ele”, disse a irmã da vítima, Bruna Magi, em entrevista ao site G1.

“Ele já fez de tudo, já ouvimos de vender bala, e minha mãe, quando ficou sabendo, falou para ele vir, e ele falava que estava tudo bem, era só um dinheirinho, mas que em tal mês vinha. Daí ele vinha, ficava um pouco, trabalhava para alguém ou abria algo, daí ele saía de novo”, relatou a irmã.

O atestado de óbito apontou que Fabricio morreu por asfixia mecânica por sufocação direta, broncoaspiração pulmonar e traumatismo crânioencefálico. Ele não portava documentos no momento em que foi atropelado e a identificação ocorreu por meio de exames no Instituto Médico Legal (IML).

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