Um monitoramento nas redes sociais levou a Polícia Civil a prender uma jovem, de 20 anos, e apreender a irmã dela, de 16, suspeitas pelo assassinado do dono de uma pousada, em Itanhaém, no litoral de São Paulo. Elas alegaram que foram assediadas pelo homem e que apenas se defenderam, mas a investigação descobriu que elas roubaram mais de R$ 7 mil da vítima. E foi o anúncio de itens furtados do estabelecimento que acabaram revelando a identidade delas.
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O idoso, cujo nome não foi revelado, foi achado morto na madrugada do último dia 6 de dezembro na pousada, localizada na Rua Peruíbe, no bairro Cibratel I.
Conforme a polícia, logo após a localização do corpo, três adolescentes anunciaram nas redes sociais a venda de um televisor e uma bicicleta, que pertenciam ao dono da pousada. Familiares da vítima reconheceram os itens e avisaram aos investigadores, que foram até a casa de uma das menores. No local, eles encontraram a bike.
Questionada, a adolescente, que estava com uma amiga, confessou que elas tentavam vender os itens furtados e indicou a participação de uma terceira menor. Segundo elas, o objetivo era usar o dinheiro arrecadado com os itens para pagar o aluguel, mas negaram qualquer envolvimento na morte do dono da pousada. Não ficou claro como elas tiveram o acesso aos itens, mas, após o depoimento, foram liberadas. Elas vão responder por ato infracional de furto.
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A partir da apuração sobre o furto do televisor e da bicicleta, os policiais tiveram acesso às imagens de câmeras de segurança da pousada e aí viram as irmãs com a vítima no local. Logo, descobriram que uma delas chegou ao local dois dias antes usando um carro de aplicativo. A Guarda Civil Municipal (GCM) cedeu os vídeos das câmeras de monitoramento da cidade e a placa do veículo foi identificada.
A partir daí, os investigadores descobriram que, após a morte do idoso, foram feitas transferências bancárias da conta dele para as irmãs, no valor de R$ 7.750 mil. Elas também passaram a ser monitoradas pelas redes sociais e, no último dia 13, foram detidas.
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Na casa em que elas estavam, os policiais encontraram as roupas que elas vestiam no dia do crime. Ao serem questionadas, as irmãs confessaram a morte do idoso, mas alegaram que agiram em legítima defesa, pois ele as teria assediado sexualmente.
“Muito embora nós percebemos que logo após elas terem saído da residência, fizeram [a] transferência”, explicou o delegado Arilson Veras Brandão, responsável pelo caso.
O investigador explicou que a jovem de 20 anos vai responder por latrocínio consumado, que é o roubo seguido de morte, além de corrupção de menores. Já a adolescente foi apreendida pelo ato infracional análogo ao crime de latrocínio.