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PM que jogou rapaz de ponte também vai responder por crime na justiça comum

Soldado Luan Felipe Alves responderá por tentativa de homicídio por jogar homem de ponte durante abordagem; ele já está citado na Justiça Militar

Corregedoria pediu a prisão preventiva dele
Soldado Luan Felipe Alves Pereira, de 29 anos, admitiu à Corregedoria que jogou jovem de ponte, mas disse que só queria 'imobilizá-lo' (Reprodução/Redes sociais)

O soldado da Polícia Militar (PM) Luan Felipe Alves Pereira, que jogou um homem de uma ponte durante uma abordagem no dia 1º de dezembro, responderá por tentativa de homicídio também na justiça comum. A decisão do Tribunal de Justiça Militar atende a um pedido do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Ele já está respondendo na justiça militar pelo mesmo crime.

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O PM está preso no Presídio Romão Gomes, na zona norte de São Paulo, desde o dia 5 deste mês. Ele foi indiciado junto com outros seis policiais que participaram da ação, estes suspeitos de lesão corporal, peculato culposo e prevaricação.

Durante a abordagem, os PMs estavam com câmeras corporais, o que ajudou a equipe de investigação a entender a dinâmica do caso.

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No relatório interno da Polícia Militar sobre a ocorrência, os agentes omitiram a informação de que um homem havia sido jogado de uma ponte. Os policiais dizem ter perseguido suspeitos, em motos, até chegarem a um baile funk. Segundo eles, o fluxo se dispersou com a presença dos PMs.

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Um homem teria sido ferido com um tiro. Ao supostamente apresentarem a ocorrência do rapaz baleado no 26º Distrito Policial (Sacomã), ainda segundo relato feito pelos policiais militares, o registro teria sido “dispensado”. A Secretaria da Segurança Pública (SSP), no entanto, diz que a ocorrência não foi apresentada à Polícia Civil.

Somente após o comando do 3º Batalhão da Polícia Militar ficar ciente de um vídeo feito com celular — no qual um soldado da Ronda com Motocicletas (Rocam) aparece jogando o homem da ponte — é que o caso acabou sendo formalizado e o inquérito foi instaurado pela corporação.

Após a repercussão, um inquérito também foi instaurado pela Polícia Civil, por meio da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 2ª Seccional.

O rapaz arremessado da ponte, identificado como Marcelo Barbosa Amaral, de 25 anos, sobreviveu. Segundo testemunhas, saiu andando do local, apesar de estar muito machucado.

Em depoimento à Polícia Civil, Marcelo afirmou que o soldado Luan o agrediu com cassetete na cabeça e lhe deu um ultimato. “Você tem duas opções: você pula da ponte ou jogo você e sua motocicleta daqui”, teria dito o PM ao manobrista.

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