O casal Carlos Schmitz e Gabriela Laco, que mora em São Paulo, conta como escapou com vida da tragédia com um avião ocorrida em Gramado, no Rio Grande do Sul, que matou 10 pessoas. Eles estavam hospedados no andar térreo da pousada que foi atingida pela aeronave e, por meio de uma janela no banheiro, conseguiram sair.
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“Foi desesperador, mas agora o sentimento é de alívio, gratidão, em pleno Natal, é só comemorar, pois a gente nasceu de novo”, disse Gabriela, em entrevista ao programa “Encontro”, da TV Globo, na manhã desta terça-feira (24). “Além de estarmos vivos, ainda não tivemos queimaduras. Saímos apenas com marcas de sobrevivência”, ressaltou a jovem.
Carlos também relatou que ficou desesperado ao perceber que algo grave tinha acontecido e só pensou em como sair com a esposa, já que a entrada da pousada ficou destruída e bloqueada pelos destroços.
“Eu olhei no banheiro e vi essa janela, que era o único acesso. Então quebrei um pouco de vidro que ainda estava lá e a gente saiu. Do lado de fora, não dava pra ver nada por conta da fumaça”, lembrou.
O casal foi socorrido logo depois do acidente e levado a um hospital do município. Após seis horas em observação, foi liberado e seguiu para outra pousada indicada pelos donos da hospedagem anterior.
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Queda de avião
A aeronave saiu do aeroporto de Canela com destino a cidade de Jundiaí, em São Paulo, no domingo (22), mas caiu quando sobrevoava Gramado. Na queda, atingiu a chaminé de um prédio, uma casa, uma pousada e uma loja de móveis (veja abaixo).
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Morreram na tragédia o empresário Luiz Claudio Salgueiro Galeazzi, que pilotava a aeronave, além de nove familiares, sendo sua esposa, três filhos, a irmã, o cunhado, a sogra e outras duas crianças.
Duas mulheres que estavam no solo também ficaram feridas. Uma delas, de 51 anos, está no Hospital Cristo Redentor. Já a outra está no Hospital de Pronto Socorro. O estado de saúde de ambas é considerado grave.
Os corpos das vítimas fatais foram removidos do local ainda no domingo e foram levados para o Departamento Médico Legal (DML) de Porto Alegre. Até a manhã desta terça-feira, eles não tinham sido liberados, já que os peritos ainda trabalham nas identificações.
“São muitos fragmentos e, infelizmente, nenhum corpo íntegro foi encontrado devido à complexidade do acidente aéreo”, informou o Instituto-Geral de Perícias de Porto Alegre (IGP).
As causas da queda do avião ainda são apuradas pelas autoridades. Dois dias antes da tragédia, o mesmo avião foi flagrado ao fazer um pouso de risco no Aeroporto de Canela. Na ocasião, era Luiz Claudio que também seguia na direção.