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Conta de energia: janeiro de 2025 terá bandeira tarifária verde, sem custo adicional

Bandeira tarifária vermelha chegou em setembro deste ano; Aneel afirma que houve redução de custo de energia

Consumo de energia elétrica aumenta no verão
Não haverá custo adicional na conta de energia no primeiro mês do ano (Divulgação/Pixabay)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (27) a bandeira tarifária verde para o mês de janeiro de 2025. A justificativa é a redução no custo de energia, a partir de condições favoráveis para a geração no país. Dessa forma, não haverá custo adicional na tarifa de energia no primeiro mês do próximo ano.

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Com a seca histórica no segundo semestre de 2024, a Aneel havia acionado a bandeira tarifária vermelha em setembro – pela primeira vez em mais de três anos.

Além do risco hidrológico (GSF), outro gatilho para o acionamento da bandeira mais cara foi o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) - valor calculado para a energia a ser produzida em determinado período.

O PLD iniciou essa semana no patamar regulatório mínimo, de R$ 61,07 por megawatt-hora (MWh), em todo o Sistema Interligado Nacional (SIN). Na semana passada, os preços de referência da energia elétrica para os próximos três meses caíram pela segunda semana seguida, de acordo com boletim divulgado pela consultoria Dcide.

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As projeções de inflação do Banco Central consideram uma melhora nas condições climáticas que influenciam no acionamento da bandeira tarifária de energia, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro, divulgado na última quinta-feira (26).

Mês a mês, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) considera o custo variável da produção de energia, como a disponibilidade de recursos hídricos, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras. A arrecadação via bandeira tarifária paga os custos adicionais.

O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, vai fechar o ano de 2024 com a marca de 61 acionamentos nas classificações amarela, vermelha 1, vermelha 2 ou, com maior impacto, a classificação “escassez hídrica”.

A classificação visa atenuar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia. Na série histórica, o maior período em que a bandeira tarifária ficou verde foi de abril de 2022 até julho deste ano. O retorno da bandeira verde aconteceu em dezembro.

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