A idosa de 63 anos, que foi detida após cometer uma série de furtos em comércios no litoral de São Paulo, foi liberada após prestar depoimento, já que não houve flagrante, mas queria ter permanecido na cadeia. A mulher, que ficou conhecida como a “Vovó do crime”, disse à TV Tribuna que furtou caixinhas de Natal e um celular “para ter o que comer”. Ela disse que vive nas ruas, sem assistência, e, por isso, não queria ter sido solta pela polícia.
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“Eu não quero mais [furtar]. Eu não queria ser solta não para ir à rua sem ter onde ficar”, lamentou a idosa.
A “Vovó do crime” relatou que passou a viver nas ruas após perder o marido e hoje em dia não tem mais contato com familiares. Ela confirmou que já chegou a ser presa por furto, mas ressaltou que o crime foi cometido por necessidade. “Não vou continuar furtando, mas preciso ter alguém para me ajudar, me por em uma clínica”, disse ela.
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O caso da idosa ganhou repercussão depois que os comerciantes começaram a ficar alertas após terem as caixinhas de Natal dos funcionários furtadas. Imagens de câmeras de segurança registram um dos crimes, no último dia 15 de dezembro, quando a mulher foi flagrada levando o dinheiro de uma doceria.
No dia seguinte, foi a vez da caixinha de Natal de uma loja de conveniência localizada em um posto de combustíveis. Por fim, no dia 18, ela levou o celular de uma cafeteria. Todas as ações foram registradas em vídeo.
No último sábado (21), a idosa foi detida ao descer de um ônibus, no canal 1, em Santos. Passageiros a reconheceram e acionaram a Polícia Militar. Ela foi, então, levada ao 7° Distrito Policial (DP), onde prestou depoimento e confessou os crimes, mas foi liberada.
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“Coisa [de furto] em loja. Nunca mexi em nada de ninguém, nunca fiz mal para ninguém”, ressaltou a idosa.
Extensa ficha criminal
Conforme informações da TV Tribuna, a idosa em questão possui uma extensa ficha criminal, sendo que o primeiro registro data do ano de 1984 e é referente a um furto.
A última passagem dela pela polícia, antes dos recentes furtos em série, foi no ano de 2021. Seus alvos estavam localizados em cidades da Baixada Santista, mas ela também já chegou a cometer crimes em cidades da Grande São Paulo, como São Bernardo do Campo.