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Jovem baleada por PRFs tem melhora, mas estado ainda é grave

Juliana Leite Rangel está internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, desde a noite da véspera de Natal (24)

Jovem seguia em um carro com a família, na véspera de Natal, quando agentes atiraram antes de abordagem
Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na nuca por agentes da PRF e segue internada, agora em estado grave (Reprodução/Redes sociais)

O estado de saúde de Juliana Leite Rangel, internada depois de ser atingida na cabeça por um tiro disparado por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na última terça-feira (24), evoluiu de “gravíssimo” para “grave”, segundo o último boletim médico informado pela Prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

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Juliana está internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), em Duque de Caxias, desde a noite da véspera de Natal. Ela estava no carro com a família, a caminho de Niterói, para uma ceia, quando foi atingida por disparos de agentes da PRF durante uma abordagem.

O pai da vítima, Alexandre Rangel, disse que mais de 30 tiros foram disparados em série pelos agentes, e que os policiais teriam alegado que abriram fogo porque o carro onde estava Juliana teria atirado primeiro. Ela foi socorrida para a unidade por outra viatura da PRF, passou por cirurgia e, desde terça (24), tinha o estado de saúde tratado como “gravíssimo”.

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Segundo a Secretaria Municipal de Saúde e a direção do hospital, Juliana teve a primeira melhora neste domingo (29), com cinco dias de internação.

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“A prefeitura de Duque de Caxias, através da Secretaria Municipal de Saúde e direção do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), informa que a paciente Juliana Leite Rangel, 26 anos, segundo boletim médico na data de hoje (29), passou do quadro gravíssimo para grave, com melhora clínica nas últimas 24 horas, com drogas vasoativas suspensas e mantendo a estabilidade”, informou a administração municipal.

A evolução no quadro permitiu que a sedação fosse reduzida para uma avaliação de estímulos neurológicos. A direção do hospital, no entanto, informa “que o quadro ainda é delicado” e que a jovem segue entubada.

Segundo os médicos, ainda não é possível fazer uma avaliação completa do nível de consciência de Juliana e nem avaliar se ela terá possíveis sequelas por ter sido baleada.

“A paciente segue internada no CTI da unidade, em ventilação mecânica (entubada) e acompanhada pelo serviço de neurocirurgia, em conjunto com equipe multidisciplinar”, acrescentou a nota. Não há previsão de alta.

Na quarta-feira (25), o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar a conduta dos agentes da PRF. No procedimento, o MPF pede que as viaturas que estavam na abordagem sejam recolhidas, assim como as armas dos policiais, e que a Polícia Federal, que também abriu uma investigação, informe o que já foi apurado sobre o caso.

Em nota, a PRF informou que os agentes - dois homens e uma mulher - envolvidos no caso foram afastados preventivamente das atividades operacionais. O órgão lamentou profundamente o episódio e disse que presta assistência à família. A PRF abriu um procedimento interno, em Brasília, para apurar as circunstâncias do ocorrido.

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