O eletricista Eduardo Vicente da Silva, de 59 anos, que foi preso após atropelar e matar o jovem Jonatas Almeida Dos Anjos, de 18 anos, em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, após confundi-lo com um assaltante, passou por audiência de custódia e obteve a liberdade provisória. Porém, ele deverá responder por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.
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De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), apesar da soltura, decretada nesta terça-feira (31), Eduardo terá que cumprir algumas medidas cautelares, como se apresentar em juízo sempre que convocado, além de não poder mudar de endereço ou sair do estado sem a devida autorização judicial.
O atropelamento ocorreu na manhã de segunda-feira (30), na Rua Frieda, no bairro Nova Gerti. Testemunhas contaram que Jonatas caminhava pela via pública ao lado da namorada, quando eles discutiam. Em um determinado momento, o rapaz pegou o celular dela e guardou o aparelho na cintura, quando o eletricista, que seguia em um Fiat Uno, viu a cena.
O homem pensou que o jovem portava uma arma e que se tratava de um assalto, assim, decidiu reagir e deu ré no carro, prensando Jonatas contra o portão de um prédio em obras. O rapaz chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Caetano, mas teve a morte confirmada logo após dar entrada.
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A namorada do rapaz negou que ele portasse arma e disse que ele pegou o celular dela para usá-lo, o que foi consentido. Assustada, ela permaneceu no local e acompanhou Jonatas até o hospital, mas não ficou ferida.
A Polícia Militar foi chamada e localizou o eletricista que atropelou o rapaz ainda no mesmo local. Eduardo foi preso em flagrante por homicídio e levado para a delegacia. O carro dele foi apreendido para a perícia.
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Ao ser ouvido pela Polícia Civil, o eletricista confirmou que achou que Jonatas estava assaltando a jovem e que pretendia apenas dar um susto nele, mas se atrapalhou com os pedais e perdeu o controle do carro. Apesar disso, a corporação entendeu que ele agiu sim assumindo o risco de matar.
A defesa de Eduardo não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.