O sistema “free flow” de pedágio, que usa câmeras que identificam a placa dos veículos e geram a cobrança, sem a necessidade de passagem em cancelas ou praças, já está em operação em três pontos nas estradas de São Paulo. No ano que vem, a operação deve se expandir e chegar a mais de 30 locais. Por enquanto, a novidade também já está disponível em estradas de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Em São Paulo, os primeiros trechos que iniciaram operação ficam na SP-333, administrada pela EcoNoroeste, no Km 179 de Itápolis e no Km 110 de Jaboticabal.
Recentemente, foi inaugurado o “free flow” na Rodovia dos Tamoios, na altura do Km 13,5 do Contorno Sul, próximo de Caraguatatuba (SP), com tarifa já fixada em R$ 5,20. A estrada é muito usada para quem segue ao litoral norte paulista, para acessar cidades como São Sebastião, Ubatuba e Ilhabela.
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A concessionária CCR Rio-SP, que já opera três pórticos na Rodovia Rio-Santos, no Rio de Janeiro, informou que quer trazer o sistema para São Paulo, com pelo menos 21 pedágios nesse modelo. A partir do 1º trimestre de 2025, está prevista a instalação no trecho entre Arujá e a chegada à capital paulista pela Rodovia Presidente Dutra (BR-116), entre os Kms 205 e 231.
Já a concessionária Via SP Serra, que administra o trecho norte do Rodoanel, também quer aderir ao “free flow”. A partir do segundo semestre de 2025, ela pretende inaugurar dois pórticos, sendo um na pista interna e outro na externa, no trecho entre a Rodovia Presidente Dutra e a Fernão Dias.
O Consórcio Novo Litoral, por sua vez, informou que pretende instalar dois pontos de “free flow” na Mogi-Dutra (SP 88), um na Mogi-Bertioga (SP-98) e quatro na Padre Manoel da Nóbrega (SP-55), que já devem começar a operar em novembro de 2025. Ao todo, serão 15 pórticos.
Como funciona o ‘free flow’?
O sistema é capaz de identificar, por meio de sensores, a altura, largura e comprimento, além da quantidade de eixos rodantes e suspensos dos veículos.
Com isso, determina a cobrança da tarifa em cada caso, sem a necessidade de parada ou passagem em cancelas para a “cobrança automática”, feita por meio de tags, sendo que o valor é debitado automaticamente na fatura da operadora. Quem não usa tags, tinha que emitir um boleto nos apps das concessionárias para pagamento no prazo de 30 dias.
Porém, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) determinou que, a partir de 1º de janeiro de 2025, o Vale-Pedágio obrigatório será exclusivamente eletrônico, utilizando Tags. Isso significa que os modelos atuais, como cartões e cupons, serão descontinuados. A mudança foi determinada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) por meio da Resolução nº 6.024, de 3 de agosto de 2024.
O não pagamento do pedágio é considerado evasão, infração grave prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), com multa de R$ 195,13, e acúmulo de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
