A morte trágica de um jovem jogador de futebol amador em Queimados, na Baixada Fluminense, gerou comoção e uma decisão altruísta de sua família: doar os órgãos do rapaz. Kauan Galdino Florêncio Pereira foi baleado na madrugada do Ano Novo, após um desentendimento em um baile. Segundo investigações, o conflito teve início quando o jovem, acidentalmente, pisou no pé de um traficante.
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Sonhos interrompidos
De acordo com o G1, o pai do rapaz, um motorista de aplicativo, relatou os últimos momentos com o filho antes do ocorrido. Durante a virada do ano, o jovem comemorava a notícia de sua convocação para uma Brigada de Infantaria Paraquedista, um de seus grandes sonhos, ao lado do desejo de se profissionalizar como jogador de futebol. Horas depois, ao visitar a casa de um parente e seguir para um baile, foi vítima de um tiro à queima-roupa.
Descrito como estudioso e tranquilo, ele foi baleado por um líder do tráfico local. Testemunhas e familiares afirmam que o disparo ocorreu após um incidente considerado banal, o que gerou revolta na comunidade. Posteriormente, o suspeito foi morto por membros da própria facção, descontentes com a repercussão do caso.
A polícia segue investigando o caso para esclarecer as circunstâncias do crime e confirmar a identidade dos envolvidos. Paralelamente, a decisão da família de doar os órgãos do rapaz simboliza um gesto de esperança em meio à dor. A atitude pode beneficiar várias pessoas, destacando a importância da doação de órgãos no Brasil.
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TESTA DE FERRO
O criminoso conhecido como Testa de Ferro é o principal suspeito do crime, mas desde o incidente está desaparecido e a polícia acredita que ele tenha sido eliminado por determinação do Comando Vermelho.
Testa de Ferro é chefe do tráfico na comunidade São Simão, mas segundo informações apuradas pela TV Globo os chefes do Comando teriam ficado irritados com a execução do rapaz e teriam determinado a execução do bandido para evitar mais problemas com a polícia.