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Todas as praias de Santos estão impróprias para banho

Prefeitura culpou tratamento de esgoto irregular e posição geográfica da cidade

Todas as sete praias da cidade de Santos, no litoral de São Paulo, estão impróprias para banho, ou seja, não estão aptas para serem usadas por moradores e turistas. A informação foi confirmada por meio da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

O município de Santos, assim como Guarujá, enfrenta um surto de virose nas últimas semanas, possivelmente causada por esgoto irregular que está sendo despejado nas águas da cidade.

A prefeitura de Santos atribuiu a falta de balneabilidade ao modo como o esgoto é tratado na cidade, a presença do porto e a questões geográficas.

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“A cidade possui 99% de ligação de esgoto e todo o sistema é interligado ao emissário submarino, que despeja o material, após tratamento, a 4,5 km do litoral. No entanto, a pasta entende que há uma relação direta entre a balneabilidade e o volume de tratamento de resíduos lançados por todos os emissários submarinos existentes nos demais municípios da Baixada Santista. No caso de Santos, há ainda questões geográficas a serem consideradas, notadamente o fato de praias estarem inseridas em uma baía, com conexão direta com o canal do porto e municípios vizinhos, dos quais sofrem influência direta, principalmente no que se refere às ligações irregulares e/ou clandestinas nestas cidades”, informou a prefeitura, em nota.

Em São Vicente, cidade vizinha de Santos, duas das seis praias também estão impróprias para banho: Milionários e Gonzaguinha. Já em Praia Grande, metade das 12 praias foram classificadas como de risco: Aviação, Vila Tupy, Vila Mirim, Maracanã, Real e Flórida.

No Litoral Norte do Estado, das 30 praias existentes em São Sebastião, sete foram consideradas impróprias para banho: Cigarras, São Francisco, Arrastão, Pontal da Cruz, Deserta, Porto Grande e Preta do Norte. Em Ubatuba, três praias também não estão aptas: Itaguá (nos dois acessos) e Lázaro. Por outro lado, na Ilha Anchieta, localizada em São Sebastião, todas as praias estão liberadas.

A Cetesb avalia a qualidade das praias com base em critérios como a presença de águas contaminadas por enterococos (bactérias fecais) em densidades superiores a 100 colônias por 100 ml de água. Essa indicação revela que a água está comprometida, apresentando alto risco de contaminação.

Além desses protocolos, a Cetesb pode classificar uma praia como imprópria em situações onde o contato com a água é desaconselhado, como em casos de presença de óleo devido a derramamentos de petróleo, maré vermelha, floração de algas potencialmente tóxicas ou surtos de doenças transmitidas pela água.

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