Francisca Maria da Silva, de 32 anos, não resistiu às complicações do grave quadro de saúde e morreu na madrugada desta terça-feira (7) no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba, litoral do Piauí. Ela é a quarta vítima do caso de envenenamento que atingiu toda uma família na região. Na manhã de segunda (6), uma das filhas dela, Lauane da Silva, de 3 anos, também faleceu. A menina estava internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
O veneno, segundo laudo, estava no arroz que foi preparado por um familiar das vítimas na virada do ano. Nove pessoas foram internadas no dia 1º de janeiro, sendo que quatro morreram e quatro receberam alta. Apenas uma criança de 4 anos, que é filha de Francisca Maria, segue internada em Teresina. O estado de saúde de Francisca era considerado gravíssimo.
Inicialmente, suspeitava-se que os peixes doados por um casal estivessem envenenados. No entanto, o laudo pericial descartou essa hipótese, e o casal responsável pela doação não é mais tratado como suspeito pela Polícia Civil.
Na segunda (6), o diretor do Departamento de Polícia Científica, Antônio Nunes, concedeu entrevista a um programa de TV local e comentou sobre o caso de envenenamento que deixou quatro pessoas da mesma família mortas em Parnaíba.
“Ele é um agrotóxico para matar pragas. É usado em ambientes de agricultura ou para matar roedores. É um veneno. Frisa-se que ele é proibido no Brasil”, declarou Antônio Nunes sobre a substância Terbufos que foi encontrada no arroz. Esse veneno, de acordo com as investigações, foi o mesmo utilizado para matar os irmãos Ulisses Gabriel e João Miguel, filhos de Francisca Maria, em agosto do ano passado. A suspeita do crime foi presa.
A família é a mesma dos irmãos que, em 2024, morreram envenenados após consumirem cajus. A vizinha da família está presa pelo crime.
No caso do arroz, o primeiro a perder a vida foi Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, que morreu ainda na ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O segundo, Igno Davi da Silva, 1 ano e 8 meses, filho de Francisca. Lauane da Silva foi a terceira vítima que não resistiu. Ela também é filha da mulher que morreu nesta madrugada.