A família do piloto Raphael Alvarez Fonseca, de 38 anos, segue em busca de informações sobre o paradeiro dele. Morador de Caucaia do Alto, distrito de Cotia, no interior de São Paulo, ele viajou para Barra dos Garças, em Mato Grosso, após aceitar uma proposta de trabalho. Porém, fez o último contato por mensagem no dia 17 de dezembro e não respondeu mais. Um dia antes, ligou para o pai usando um número com prefixo da Bolívia.
“Quando vi que o prefixo não era daqui, mas da Bolívia, achei estranho e liguei para o consulado boliviano, mas informaram que não constava a entrada dele no país. O nome dele também não está em nenhum hospital, em nenhuma ocorrência policial, então a gente não sabe mais para onde ir. Estamos no escuro”, disse Genildo Fonseca, pai do piloto, em entrevista ao UOL.
Conforme os familiares, Raphael saiu de casa, no início de dezembro, para realizar um trabalho de aviação executiva em Manaus, no Amazonas. A previsão era de que ele voltasse no último dia 9 de dezembro, mas ele avisou que tinha recebido a proposta para o trabalho em Mato Grosso.
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O homem seguiu sem fazer contato, mas, no dia 16 de dezembro, fez uma ligação de vídeo para o pai. Foi quando ele relatou que estava em Barra dos Garças e que, após o trabalho, pretendia voltar para passar o Natal com a família. Na ocasião, o piloto disse que estava tudo bem.
“No dia em que ele falou comigo, minha preocupação era saber se estava tudo bem. Quando ele disse que sim e que voltaria para casa antes do natal, eu pensei que depois falaria com mais calma com ele para pegar mais detalhes de onde ele estava e o que iria fazer. Mas quando voltei a procurá-lo, aquele número já não atendia mais”, disse Genildo.
No dia seguinte, a esposa mandou uma mensagem de texto e Raphael respondeu: “Não fala muito, tô voando. Bj”. Depois disso, ela tentou contato várias vezes, mas não recebeu mais respostas e o homem não voltou para casa.
O pai do piloto disse que registrou o desaparecimento dele na Polícia Civil de São Paulo e foi orientado a também procurar ajuda da Polícia Federal. Assim ele fez, assim como contatou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). “Eles ficaram de tentar identificar de onde veio essa ligação com o prefixo 591, mas ainda não deram nenhuma resposta concreta”, relatou Genildo.
A família mantém campanhas nas redes sociais em busca de qualquer informação sobre o paradeiro do piloto.