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Exumação é a peça-chave que falta para concluir inquérito sobre envenenamento no RS

Nora da mulher que preparou o bolo está presa e é a principal suspeita

Motivação do crime ainda é apurada, mas ela é nora da mulher que fez o bolo.
Deise Moura dos Anjos é apontada como a principal suspeita de envenenar um bolo em Torres, no RS; três pessoas morreram e três ficaram internadas (Divulgação/Polícia Civil)

A polícia espera a exumação de um corpo para concluir a investigação do envenenamento de uma família no litoral gaúcho. A mulher que preparou o doce sobreviveu e continua internada. A nora - que teria envenenado a farinha - foi presa.

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A exumação do corpo do marido de Zeli dos Anjos foi autorizada pela Justiça e deve acontecer ainda nesta semana. Paulo Luiz dos Anjos morreu em setembro do ano passado. Ele foi para o hospital com sintomas de intoxicação alimentar e, segundo o atestado de óbito, morreu em decorrência de uma infecção generalizada.

A polícia quer fazer novos exames para saber se ele também pode ter sido envenenado pela nora. Em uma foto, tirada há três anos, ele aparece ao lado da mulher, Zeli, o filho e a nora, Deise dos Anjos. Na mesa, um bolo parecido com o que foi envenenado. Segundo a família, a receita era preparada tradicionalmente no natal.

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Deise passou por audiência de custódia na tarde desta segunda (6) e vai permanecer presa temporariamente, por 30 dias. A polícia deve ouvir ainda nesta semana o depoimento do marido da suspeita e filho de Zeli e Paulo.

O bolo que a famlía comeu na véspera de Natal estava envenenado com arsênio, uma substância altamente tóxica. O produto foi misturado na farinha usada na receita feita. A polícia acredita que o crime tenha sido cometido por Deise por uma briga familiar, que aconteceu há 20 anos.

Segundo a polícia, a suspeita pesquisou na internet o nome do veneno antes da sogra preparar a sobremesa. Ela nega as acusações. Zeli segue internada no hospital de Torres. Duas irmãs dela, Maida e Neuza, morreram. Assim como a Tatiana, filha de Neuza. O marido de Maida e o filho de Tatiana também precisaram de atendimento médico, mas já tiveram alta.

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