Pablo Marçal anunciou, na terça (7), que é candidato à Presidência da República em 2026 pelo PRTB – que passará a se chamar Brasileiro. Afirmou inclusive que pretende fazer uma dobradinha com o cantor Gusttavo Lima, que na semana passada também disse almejar disputar a sucessão de Lula. Só que falta um detalhe: combinar com a Justiça Eleitoral. É que o polêmico coach e influenciador digital corre o risco de ficar inelegível por oito anos. O que joga um balde de água fria em sua candidatura.
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Marçal é investigado pela Polícia Federal e no âmbito da Justiça Eleitoral por ter divulgado, às vésperas da eleição, um laudo falso alegando que seu então concorrente, Guilherme Boulos (Psol), teria procurado uma unidade de saúde após usar cocaína.
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A falsidade do laudo foi comprovada rapidamente. Ele pode responder pelos crimes de injúria eleitoral, difamação eleitoral e falsidade com fins eleitorais, e caso condenado pode ficar inelegível por oito anos e até ser preso. O caso será apreciado inicialmente pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e depois pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Marçal, se conseguir concorrer em 2026 à Presidência, estará em sua segunda tentativa. Em 2022, ele chegou a lançar oficialmente a candidatura à presidência pelo PROS, mas a Justiça Eleitoral barrou a decisão partidária que o declarou candidato. Depois, ele se tornou candidato a deputado federal, e chegou a ser eleito sub judice, mas nunca tomou posse pois recebeu decisões desfavoráveis da Justiça Eleitoral. Em 2024, ficou em terceiro lugar na disputa municipal mais acirrada da história em São Paulo, e recebeu 1,7 milhões de votos.