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Polícia da Holanda afirma que fez ‘investigação minuciosa’ e descartou crime em morte de brasileira

Taiany Matos, 32, caiu do quarto andar de um prédio em Breda; família ainda tenta trazer corpo ao Brasil

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Brasileira Taiany Caroline Martins Matos, de 32 anos, morreu ao cair do 4º andar de prédio na Holanda; polícia descartou crime (Reprodução)

A Polícia de Breda, na Holanda, afirma que fez uma “investigação minuciosa” e descartou crime na morte da pedagoga brasileira Taiany Caroline Martins Matos, 32 anos, que morreu após cair do quarto andar de um prédio. Em comunicado nas redes sociais, a corporação esclareceu que os trabalhos periciais foram realizados em conjunto com o Ministério Público.

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“Recebemos muitas perguntas após um incidente em Breda, no dia 3 de janeiro, em que uma mulher morreu. Realizamos uma investigação minuciosa após a morte, em conjunto com o Ministério Público. Isto foi realizado por especialistas em investigação forense”, destacou a polícia, que esclareceu ainda que os detalhes do inquérito foram repassados aos parentes da brasileira. “Desejamos muita força aos familiares”, ressaltou a corporação.

Taiany, que era natural de Planaltina, no Distrito Federal, morava na Europa há seis anos. Há três, ela mantinha um relacionamento com um holandês, de 53 anos, com quem morava junto.

O namorado era o único que estava no apartamento com ela no momento da queda, ocorrida na última sexta-feira (3). Ao ser ouvido pela polícia holandesa, ele disse que a brasileira tinha se trancado no quarto para que ele não visse mensagens no celular dela. Assim, em um determinado momento, ela se pendurou na sacada e caiu.

Testemunhas disseram que ouviram gritos antes da queda e amigas da vítima citaram que ela tinha brigas frequentes com o namorado, que tinha um comportamento possessivo. Apesar disso, a polícia local concluiu que o caso se tratou de morte acidental, ou seja, sem indícios de crime.

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Traslado do corpo

A mãe de Taiany, Eliana Martins de Souza, ficou revoltada com o resultado das investigações e cobrou justiça. “Eu só quero enterrar minha filha. Eu quero justiça, porque ela saiu daqui com vida. Agora, vou ter que receber minha filha dentro de um caixão”, disse Eliana, em entrevista ao programa “Encontro”, da TV Globo, na manhã de quarta-feira (8).

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Eliana relatou que o traslado do corpo para o Brasil custa 7 mil euros (cerca de R$ 45 mil) e o namorado da filha se recusou a ajudar. Uma vaquinha foi organizada para arrecadar os recursos.

Em nota, o Itamaraty informou que acompanha o caso e que “e permanece à disposição para prestar assistência consular aos familiares da cidadã brasileira”.

Família ainda tenta trazer o corpo ao Brasil.
Brasileira Taiany Caroline Martins Matos (à direita) morreu após cair do quarto andar de um prédio em Breda, na Holanda; mãe está revoltada e cobra justiça (Reprodução/Redes sociais/TV Globo)

Relacionamento conturbado

Taiany passou o Natal com a família no Brasil e retornou para a Holanda no dia 27 de dezembro. Segundo os parentes, ela relatou que estava grávida e tinha o desejo de seguir em solo brasileiro, mas o namorado pediu que ela voltasse.

Assim, ela retornou e, na sequência, foi para Paris, na França, acompanhada pelo homem, para as comemorações do Réveillon.

Ao retornar, saiu com amigas na noite anterior à sua morte, mesmo contra a vontade do namorado, conforme o relato de sua irmã, Naiany Martins, ao jornal “O Globo”. Pela manhã, ao ser acompanhada até o apartamento, ligou para as amigas afirmando estar com medo, pois o namorado teria tentado tomar seu celular.

Segundo relatos, o companheiro monitorava os passos da jovem e controlava seus contatos, comportamento que piorou depois que ela voltou do Brasil.

Apesar de ser pedagoga, atualmente ela trabalhava em uma pizzaria.

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