Causador do surto de virose na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, o norovírus é considerado como a principal casa de diarreia provocada por vírus em todo o mundo. De acordo com o G1, apesar de já ter sido identificado, o vírus representa um desafio para o controle e tratamento dos casos, uma vez que sofre mutações genéticas e recombinações frequentes.
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São justamente essas características do vírus aumentam a possibilidade de que um indivíduo seja novamente infectado pelo vírus, dificultando o desenvolvimento de uma vacina capaz de prevenir ou amenizar seus efeitos.
Segundo a publicação, que ouviu a virologista e coordenadora do serviço de referência regional para rotavírus e norovírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Fernanda Marcicano Burlandy, os primeiros registros do vírus datam de 1968, após um surto de gastroenterite em Ohio, nos Estados Unidos.
Pesquisadores trabalham em vacinas
De acordo com a virologista, já existem estudos sobre vacinas para o norovírus, mas nenhuma foi licenciada até o momento. A grande dificuldade no desenvolvimento das vacinas seria justamente a alta capacidade de mutação genética do vírus, o que faz com que ele sofra grandes alterações que também podem impactar diretamente na intensidade dos sintomas e na reinfecção.
Apesar dos sintomas provocados pela infecção normalmente durarem por três dias, Fernanda destaca que o norovírus pode levar à morte caso o paciente desenvolva um caso de desidratação profunda. Desta forma, pessoas com comorbidades, idosos, bebês e crianças pequenas precisam de atenção redobrada em caso de sintomas.
Vale lembrar que a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) não recomenda a automedicação. Em caso de sintomas a recomendação é buscar por atendimento médico especializado.