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São Paulo pode ter casos importados de virose do litoral, com alta de atendimentos em hospitais

Em rede de hospitais houve um aumento de 221% nos atendimentos por viroses na primeira semana de janeiro em comparação com a primeira semana de dezembro

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Casos aumentaram na cidade de São Paulo Divulgação

Depois da ocorrência de um surto de virose no litoral paulista, hospitais da cidade de São Paulo relatam um aumento nos casos da doença.

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Nas unidades da Rede Total Care, que engloba hospitais como Samaritano Paulista e Higienópolis, ligados à Amil foi registrado um aumento de 221% nos atendimentos por viroses na primeira semana de janeiro em comparação com a primeira semana de dezembro. De acordo com a organização, é o maior número de casos dos últimos quatro anos.

O Hospital Israelita Albert Einstein também observou um aumento no último mês. Entre os dias 1º e 7 de dezembro de 2024, a média foi de 48 atendimentos por diarreia e gastroenterite de origem infecciosa presumível (geralmente associado às viroses). Já na primeira semana de janeiro de 2025, a média foi de 71 atendimentos, um aumento de 48%.

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No Hospital Alemão Oswaldo Cruz, houve um crescimento de 45,58% nos atendimentos por gastroenterite na comparação entre os períodos de novembro de 2023 a janeiro de 2024 e novembro de 2024 a janeiro de 2025.

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O quadro é semelhante no Hospital Santa Catarina, onde houve alta de 31% nos atendimentos nos primeiros dias do ano.

Na rede pública, segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), não há impacto pelas Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA), classificação para quadros que podem ser provocados por vírus e causam sintomas gastrointestinais.

A pasta diz que faz o monitoramento das notificações de surtos de DTHA - registrados quando duas ou mais pessoas apresentam sintomas diarreicos com causa em comum - e não há notificações em 2025. No ano passado, foram contabilizados 101 surtos, com 842 casos. Em 2023, foram 100 surtos, com 1.486 casos, e em 2022, 118 surtos, com 1.692 casos.

Os principais agentes causadores de doenças diarreicas são os vírus. Eles são transmitidos pelo consumo de líquidos e alimentos contaminados e pelo contato com materiais ou pessoas infectadas.

Segundo especialistas, o crescimento dos números em São Paulo pode ser um reflexo dos acontecimentos na Baixada Santista. Os casos podem ser de pessoas que se contaminaram no litoral, mas foram ser atendidas na capital.

Há também a possibilidade de que os turistas tenham contribuído para a disseminação do quadro ao voltarem para casa. Se alguém contaminado viaja, leva consigo uma carga infecciosa que pode começar a se espalhar no seu destino rapidamente, ainda que sem contato imediato com a água.

As viroses são transmitidas especialmente pela via fecal-oral, quando fragmentos microscópicos de fezes contaminadas de uma pessoa infectada entram no corpo de outra. A principal rota para isso é a ingestão de bebidas ou alimentos com esses fragmentos. Mas, uma vez infectado, um paciente pode transmitir o vírus para familiares e pessoas próximas pelo compartilhamento de objetos manipulados com as mãos sujas, por exemplo.

Norovírus

Nesta quarta-feira (8), a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou a presença de norovírus em amostras de fezes humanas de pacientes atendidos na Baixada Santista, onde houve o aumento no número de casos.

Neste momento, não há informações se o mesmo patógeno estaria por trás dos casos na capital paulista, embora os especialistas ressaltem sua alta transmissibilidade.

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