A Justiça decretou a prisão preventiva de Aparecida Donizeti Berigo Blesio, de 60 anos, apontada como a principal suspeita matar ao menos 28 gatos envenenados, na cidade de São Joaquim da Barra, no interior de São Paulo, em um período de cinco dias. A mulher foi flagrada por câmeras de segurança ao jogar alimentos nas ruas para os animais e, segundo a polícia, tinha colocado veneno (assista abaixo).
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Segundo a polícia, os gatos começaram a aparecer mortos no último dia 23 de dezembro. Inicialmente, cinco animais foram localizados em uma rua no bairro João Paulo II. Depois disso, até o dia 28 daquele mês, outros felinos sem vida apareceram em ruas e nos quintais de casas do Centro da cidade, totalizando 28 animais mortos.
O caso foi denunciado por moradores e protetores de animais e uma investigação foi instaurada. O delegado Gustavo de Almeida Costa, responsável pelo caso, contou que restos de alimentos que estavam perto dos animais mortos foram recolhidos e encaminhados para perícia.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que alguns dos animais foram achados sem vida (veja abaixo - ATENÇÃO: Imagens fortes):
Durante os trabalhos investigativos, a polícia recebeu os vídeos que mostraram Aparecida jogando alimentos nas ruas, exatamente nos locais onde os gatos morreram. Testemunhas relataram que ela se mudou para o local há dois meses e, desde o início, se mostrou incomodada com a presença dos felinos.
Um dos vizinhos disse, em depoimento, que a mulher chegou a pedir que ele soltasse seu cachorro para que ele atacasse os gatos. Assim, com as oitivas e as imagens, a polícia diz que está comprovado que ela agiu com a intenção de matar os animais.
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“De fato, é possível assistir à indiciada lançando os alimentos e os gatos ingerindo o material. Logo em seguida, alguns já começam a passar mal”, destacou o delegado.
A polícia solicitou a prisão preventiva de Aparecida, com o aval do Ministério Público, o que foi acatado pela 1ª Vara Judicial da Comarca de São Joaquim da Barra. Assim, ela acabou presa na quinta-feira (9) por crimes contra o meio ambiente, especificamente abuso a animais. Após audiência de custódia, ela foi levada para a Penitenciária de Ribeirão Preto, também no interior paulista.
O advogado Vinícius Magalhães, que defende a mulher, afirmou ao jornal “O Globo” que “a decisão preventiva teve como base tão somente a gravidade abstrata do delito e o clamor popular”, e que vai recorrer.