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Família resgatada de avião que explodiu em Ubatuba é transferida para São Paulo

Os quatro estão internados no Hospital Sírio-Libanês; mulher continua em estado grave, na UTI

Os quatro membros da família que estava no avião que explodiu em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, foram transferidos para o Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, nesta sexta-feira (10).

Mireylle Fries, de 41 anos, está em estado grave e foi trazida de helicóptero durante a manhã. Ela segue sob monitoramento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Após o acidente, a moça passou por uma cirurgia e chegou a ser entubada.

O marido dela, Bruno Almeida Souza, de 48 anos, e os filhos, de 6 e 4 anos, estão estáveis e foram transferidos em ambulâncias. Eles estão em quartos, na parte clínica do hospital.

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A aeronave em que eles estavam ultrapassou a pista de pouso do aeroporto de Ubatuba e explodiu na Praia do Cruzeiro, na manhã de quinta-feira (9).

O piloto, Paulo Seguetto, de 55 anos, ficou preso nas ferragens e morreu no local, após ser retirado do avião em parada cardiorrespiratória e passar por reanimação.

O aeroporto de Ubatuba tem uma pista curta, de apenas 940 m. O Cessna 525 precisa de 789 m para pouso, segundo o site da fabricante. A Rede VOA, operadora do aeroporto, informou que as condições climáticas eram ruins e a pista estava molhada, e que, em casos assim, o espaço para frenagem precisa ser maior.

Além disso, normalmente as aeronaves se aproximam da pista pelo lado do mar, o que dá mais espaço para pouso, mas o piloto do jatinho escolheu, ainda não se sabe o motivo, fazer a aproximação pelo lado contrário, de serra.

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Segundo o Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMar), a aeronave, que tinha decolado de Mineiros, em Goiás, passou pelo que é chamado de excursão de pista, quando o avião sai da pista no momento do pouso ou da decolagem. O jatinho bateu em um muro, perdeu uma asa, atravessou uma avenida, um calçadão, uma praça e só parou na beira do mar, passando por toda a praia.

A aeronave, com matrícula PR-GFS, modelo 525, foi fabricado em 2008 pela empresa Cessna Aircraft. Ela tem capacidade para sete passageiros, além de dois pilotos.

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Segundo o sistema da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave estava com operação negada para táxi aéreo, mas com situação de aeronavegabilidade “normal”.

Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) disse que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi acionado para a ocorrência e que, na ação inicial, são utilizadas técnicas específicas para realização de coleta e confirmação de dados, preservação dos elementos, verificação inicial de danos na aeronave, entre outras informações.

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