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Família de empresária morta à luz do dia no litoral de SP cobra prisão de suspeito: “Que seja pego e pague”

Brenda Bulhões, 26, foi baleada pelo ex-companheiro no Guarujá em novembro passado; ele segue foragido

Ex-companheiro é suspeito do feminicídio
Empresária Brenda Bulhões, de 26 anos, foi morta a tiros na frente do próprio salão de beleza, em Guarujá, no litoral de SP (Reprodução/Redes sociais)

A família da empresária Brenda Bulhões, de 26 anos, que foi morta a tiros à luz do dia na frente do próprio salão de beleza, no Guarujá, no litoral de São Paulo, em novembro passado, cobra a prisão do principal suspeito pelo crime. Bruno dos Santos Campo, que era ex-companheiro da vítima, teve a prisão decretada pela Justiça, mas permanece foragido.

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Os parentes da vítima se reuniram em um protesto, no sábado (11), na Praia de Pitangueiras, para cobrar justiça pela morte de Brenda. “Parece que quanto mais a gente procura, mais ele se esconde. Com certeza tem alguém ajudando e a gente precisa que ele seja encontrado”, disse a mãe da empresária, a cabelereira Elisangela da Silva, em entrevista à TV Tribuna.

A genitora diz que tenta seguir em frente para criar a neta, filha de Brenda, mas que é muito difícil ao saber que o autor do crime continua se escondendo e está impune.

“Dói para respirar, dói para viver, para levantar da cama, e eu preciso fazer isso. Ela me deixou uma neta e eu preciso fazer isso por ela. Acho que se não fosse ela, não estaria nem aqui hoje de pé. Espero que ele seja pego, pague pelo que fez”, ressaltou Elisangela.

A polícia pediu a prisão de Bruno logo após o crime, o que foi acatado pela Justiça, mas até o momento o homem segue foragido.

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Relembre o caso

Brenda foi morta na manhã do último dia 29 de novembro, na Rua Pará, no bairro Paecará, bem em frente ao salão de beleza do qual ela era dona. Imagens de câmeras de segurança registraram o feminicídio (veja abaixo - ATENÇÃO: Imagens fortes):

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As imagens mostram quando ela chegou e estacionou a motocicleta em que seguia, sendo que logo depois o homem apareceu e baleou. Mesmo com a vítima no chão, ele continuou a atirar. A ação durou menos de 1 minuto e foram efetuados ao menos seis tiros.

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e fez manobras de reanimação na vítima, mas ela não resistiu. A morte foi constatada ainda no local.

Conforme os familiares, Brenda estava sendo ameaçada pelo ex-companheiro, que não aceitava o rompimento. Apesar de não ter denunciado o caso à polícia, a jovem estava preocupada com a situação e chegou pedir para que a genitora cuidasse da neta caso ocorresse algo com ela.

“Ela falou: ‘Mãe, eu acho que eu não vou viver muito’. Eu respondi: ‘Filha, por que está falando isso? Pelo amor de Deus, não fala isso’”, relatou a cabeleireira.

A conversa em questão ocorreu cerca de 15 dias antes de Brenda ser morta, quando ela falou para a mãe que pretendia escrever uma carta, para ser registrada em cartório, deixando claro o desejo dela de que a filha ficasse sob os cuidados da avó materna se ela morresse.

“Nesse dia a gente até brigou, porque eu disse que ela estava falando besteira e pedi para parar com isso”, lamentou a mãe da vítima.

Relacionamento conturbado

Elisângela relatou, ainda, que a filha viveu um relacionamento conturbado por 10 meses com o homem apontado como o principal suspeito do crime, e que eles estavam separados desde setembro de 2024, depois de uma agressão. Apesar do rompimento, ele não aceitava e passou a fazer ameaças.

A genitora da vítima lamentou que chegou a abrigar o homem na casa dela, depois que ele sofreu um acidente de moto. “Não apareceu ninguém da família, então ajudamos. Eu fui para o hospital, dei remédio, dei comida, dei casa e ele ficou morando”, disse a cabeleireira.

Polícia Civil ainda busca identificar autor do crime
Empresária Brenda Bulhões, de 26 anos, foi morta a tiros em Guarujá, no litoral de SP; ex é suspeito do feminicídio e segue foragido. (Reprodução/Redes sociais)

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