Na última quinta-feira, dia 09 de janeiro, um avião de pequeno porte ultrapassou os limites do aeroporto de Ubatuba e acabou explodindo na faixa de areia da Praia do Cruzeiro. Quem assiste as imagens compartilhadas nas redes sociais desacredita do fato de que os quatro passageiros que estavam na aeronave foram resgatados com vida. Dos cinco ocupantes, somente o piloto, Paulo Seghetto, faleceu.
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Em uma reportagem publicada pelo G1, especialistas explicam como foi possível ter sobreviventes no caso deste acidente aéreo. Segundo as declarações, o trajeto e obstáculos encontrados pela aeronave em seu trajeto podem ter sido determinantes para que os passageiros fossem resgatados com vida.
Ao mesmo tempo em que nenhum obstáculo foi grande o suficiente para interromper de forma abrupta o trajeto do avião, os pontos de impacto no caminho ajudaram a diminuir a energia e a força do avião, o que pode ter impacto direto na preservação da fuselagem da aeronave.
Entenda
Entre o final da pista de aterrissagem do aeroporto de Ubatuba e o ponto em que o avião parou seu trajeto na praia, existiram algumas mudanças de terreno e pontos de impacto que colaboraram para que a aeronave perdesse força e energia no trajeto. O gramado do aeroporto, o gradil, os equipamentos da praça de skate, uma mureta de contenção, a areia e a água do mar contribuíram.
A grande explosão ocorreu quando o avião chegou na altura da praça de skate. No local o tanque de combustível localizado em uma das asas se rompeu e explodiu no ar, também separando uma das asas da aeronave e causando a grande nuvem de fumaça. Segundo os especialistas, a maior parte do combustível da aeronave pode ter queimado neste momento, enquanto a fuselagem segue para a praia e para na água do mar, que ajudou a conter o restante das chamas.
Ao chegar na praia, o nariz do avião bate na areia e faz com que a energia que ainda mantinha a fuselagem em movimento fosse absorvida pela parte frontal da aeronave, atingindo diretamente a cabine do piloto, que foi a única vítima fatal do acidente.
Segundo os entrevistados pelo G1, a ação de Mireylle Fries, uma das passageiras do avião, ao auxiliar na retirada das demais vítimas e abrir as portas da aeronave também foi fundamental para o resgate.